Como é habitual dizer-se, os recordes foram feitos para se baterem.
Desta vez o protagonista é Ethan Nwaneri, um jovem nascido em Inglaterra, filhos de pais nigerianos que com 15 anos e 181 dias tornou-se no jogador mais novo de sempre a jogar na Premier League.
O jogador do Arsenal entrou no período de descontos para substituir Fábio Vieira no jogo frente ao Brentford, onde o português marcou um grande golo.
O anterior recorde estava na posse de Harvey Elliott, jogador do Liverpool, que em 2019 estreou-se com 16 anos e 30 dias.
Para dar um ar pitoresco a este recorde, Nwaneri não se pode equipar no balneário com os seus colegas porque existe uma lei inglesa que não permite que o faço junto a colegas maiores de idade.
Com os campeonatos europeus parados o CANTINHO LUSO, que recordo destaca jogadores portugueses que brilham lá fora, quase que ficava sem trabalho.
Miguel Vítor fez a formação no Benfica, chegou a internacional sub-21, depois passou por Inglaterra e pela Grécia e chegou em 2013 a Israel para jogar no Hapoel Beer Sheva.
Naturalizou-se israelita em junho, cumpriu no sábado a quarta internacionalização e ajudou a sua seleção a chegar pela primeira vez ao nível A da Liga das Nações.
Para ele vai o destaque desta semana.
No Mundial’2014, Louis van Gaal, técnico dos Países Baixos, surpreendeu o mundo do futebol substituindo o seu guarda-redes, Cillessen, no último minuto do prolongamento frente à Costa Rica, para entrar Krull, que foi decisivo na vitória da seleção laranja no desempate por grandes penalidades.
Por isso não é estranho que van Gaal – que está pela terceira vez ao comando da seleção neerlandesa – tenha feito a semana passada um treino especial, convocando seis guarda-redes para ensaiarem a defesa de penáltis, já a pensar no próximo Mundial.
Cillessen (NEC), Flekken (Friburgo), Noppert (Heerenveen), Pasveer (Ajax), Scherpen (Vitesse) e Bijlow (Feyenoord) foi a meia-dúzia escolhida, juntando-se a eles Peter Murphy, antigo treinador de voleibol dos Países Baixos.
A notícia não refere quem vai marcar as grandes penalidades, mas explica que Murphy vai explicar-lhes formas de perturbar os adversários antes desses momentos decisivos.
No PALERMA MAU de hoje retomo um assunto que já teve um segundo episódio.
Há umas semanas o CD da FPF levantou um processo disciplinar à jornalista Rita Latas por ter feito uma pergunta que não tinha a ver com o jogo, denúncia efetuada pelo delegado do Sporting.
Há dias o presidente da CM Porto, Rui Moreira, chamou “perfeito imbecil” ao jornalista Tiago Peres Costa, enquanto que o FC Porto ficou indignado com uma pergunta a Taremi fora do contexto no final do jogo no Estoril.
Onde é que isto vai chegar?
Há uns anos convidaram-me para ir a uma ação publicitária com o José Mourinho, para simular uma conferência de imprensa, onde as perguntas estavam pré-definidas.
Será que caminhamos para esta realidade?
Um jornalista tem o dever de perguntar o que os espetadores querem saber e não ser um pé de microfone.
O entrevistado tem o direito de não responder.
Tem que ser assim num País democrático.
Numa altura em que os campeonatos europeus estão parados devido aos compromissos das seleções na Liga das Nações, por vezes descobrimos histórias engraçadas, vindas de jogadores, que surgem na comunicação social.
Foi o caso de Bruno Fernandes, jogador do Manchester United, que deu uma entrevista, ainda em Inglaterra, onde partilhou alguns episódios da sua carreira, de onde extraí este que trago agora.
A sua equipa começou a Premier League de forma desastrada, com duas derrotas, sendo que a segunda foi uma goleada (0-4) em casa frente ao Brentford.
No primeiro treino a seguir a esse descalabro, Ten Hag, o treinador neerlandês da equipa, juntou os jogadores e disse-lhes que o Brentford tinha corrido mais 13,8 kms do que o Manchester United, pedindo-lhes para todos irem correr esta distância, com o técnico a juntar-se a eles.
Serviu de exemplo, pois depois chegaram quatro vitórias consecutivas.
Esta semana no GPS vamos viajar de avião até ao arquipélago da Madeira, onde encontramos o Choupana Futebol Clube, coletividade fundada em 1930, que na época passada ficou em 4º lugar na Fase de Apuramento de Campeão da 1ª Divisão Distrital, cujo campo de jogos chama-se CR7 – Campus.
O clube fica no município do Funchal, freguesia de Santa Maria Maior que na última década perdeu 12,1% da sua população, tendo no final de 2021 quase 6300 habitantes.
Quando chegar a altura de dar ao dente, sugiro o Restaurante Informal, bem no centro do Funchal.
Já falámos hoje aqui nele a propósito dos métodos inovadores de van Gaal na seleção laranja.
Vou falar de um guarda-redes neerlandês que começou a sua carreira no Twente em 2003, passou pelo Heracles, esteve duas temporadas emprestado ao Go Ahead Eagles, depois jogou no PSV, Vitesse e atualmente está na segunda época no Ajax.
Até aqui, dirão vocês, nada de muito extraordinário neste percurso, sempre em equipas dos Países Baixos.
Acontece que em 22 de setembro deste ano foi pela primeira vez internacional, aos 38 anos, sendo titular frente à Polónia, repetindo a titularidade frente à Bélgica, jogo que garantiu a presença da sua seleção nas meias-finais da Liga dos Nações.
Remko Pasveer faz 39 anos em novembro, um exemplo para aqueles que desistem cedo.
A sexta internacionalização vai-lhe ficar na memória, carimbada com os dois primeiros golos ao serviço da seleção, o segundo com um pontapé extraordinário e com o pé esquerdo.
Perante estes factos, está mais que justificado que Diogo Dalot leve O VELHO de hoje para casa.
Até para a semana.
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