terça-feira, 11 de outubro de 2022

O Melhor Pé Esquerdo de Oriola

Talvez por ser Pai de um guarda-redes, que durante 20 anos defendeu as balizas no hóquei em patins, e eu próprio ter ocupado esse ingrato lugar no andebol, tenho sempre alguma condescendência quando analiso os erros que têm origem no último defensor da equipa.

Vem esta introdução a propósito da atuação de Antonio Adán em Marselha, tão crucificada pela comunicação social, ao ponto de já se colocar em causa a sua continuidade como titular na baliza sportinguista.

Já o escrevi várias vezes.

A esmagadora maioria dos nossos comentadores desportivos, nunca deram um pontapé numa bola, nem na praia, mas especializaram-se em dizer mal, pois elogiar não é para eles.

Quando um guarda-redes faz grandes exibições e salva a equipa da derrota, não faz mais que a sua obrigação.

Quando tem um jogo infeliz, passa a ser um frangueiro que já nem lugar tem no banco.

Se dispensássemos os comentadores com este critério, já havia poucos para opinar.

O que nem era mau de todo!

 

No CANTINHO LUSO de hoje vamos encontrar um internacional português, jogador do Manchester City.

Mais uma grande exibição no passado sábado, um golo de pé esquerdo, uma assistência e um conjunto de desequilíbrios que deixaram os adversários em dificuldades.

João Cancelo merece o destaque desta semana.

 

Não vou aqui trazer nada de novo, mas parece-me, cada vez mais, uma tendência.

Vou pegar no exemplo de Anthony Taylor, a semana passada no Porto.

Para mim é um dos melhores árbitros da atualidade, apita à inglesa, mas depois tem um VAR a inspecionar o seu trabalho.

Aqui entro no motivo deste texto, pois parece-me que os árbitros de campo e os seus assistentes andam a desleixar-se.

Sabendo que têm alguém que pode corrigir as suas decisões, parece-me que existe a tendência para não serem tão rigorosos na análise dos lances.

Depois temos estes casos caricatos de um golo que não vale, porque antes tinha existido um penalty na área contrária, como aconteceu no Dragão no jogo da Liga dos Campeões.

Na minha opinião os árbitros devem marcar de imediato o que vêm, podendo depois serem corrigidos pelo sistema de vídeo arbitragem.

Eu acho é que muitos deles não gostam de ser contrariados.

 

Começo com uma declaração de interesses.

Estou a escrever este texto antes do Benfica com o Paris Saint-Germain, só para não me acusarem de qualquer tipo de azia.

Quando se tem muito dinheiro, pensa-se que existe o direito de fazer tudo o que nos apetecer, como é o caso do milionário catari, Nasser Al-Ghanim Khelaïfi, dono do clube pariesiense.

Em França a equipa já era criticada por fazer deslocações de avião, em trajetos curtos, não tendo em conta o desgaste ambiental.

Mas na deslocação a Portugal fez mais uma das suas, trazendo o autocarro de Paris até à capital portuguesa, cumprindo 3600 quilómetros, vazio, para levar a equipa nas longíssimas viagens em Lisboa.

Segundo a explicação apresentada, deve-se ao facto de a viatura ter janelas blindadas e motoristas especializados.

Será que explicaram ao senhor que o jogo não era em Marselha?

Para ele – que recebe o prémio em nome do clube – vai O PALERMA MAU desta semana.

 

Uma das principais críticas à Liga portuguesa é o pouco tempo útil de jogo, muitas vezes realçado pelos treinadores, principalmente quando a sua equipa não ganha.

A semana passada foi divulgado um estudo do Portugal Football Observatory, onde foram analisadas as quatro últimas épocas dos seis principais campeonatos europeus (Inglaterra, Espanha, Alemanha, Itália, França e Portugal) e Liga dos Campeões.

Uma das conclusões é que por cá temos a menor média de tempo útil, 49’/51% do total do tempo de jogo, ou seja, só se joga praticamente meia-parte.

Na última época a melhor média ocorreu em França (54’), mas é a Liga milionária que regista mais tempo útil do que qualquer outro campeonato.

Na minha opinião, a melhor qualidade das arbitragens e a maior visibilidade dos jogos – onde as simulações são mais condenadas – faz com que os jogos da Champions tenham menos paragens.

Urge olhar para o futsal e o futebol de praia para se perceber como se pode aumentar o tempo efetivo de jogo.

 

Esta semana no GPS rumamos ao Alentejo e à Associação de Futebol de Portalegre, para conhecermos o Grupo Desportivo e Recreativo Gafetense, clube fundado em 1979.

A coletividade situa-se na freguesia de Gáfete - concelho do Crato - que na última década perdeu 19,6% da sua população, tendo no final de 2021 quase 700 habitantes.

Se sair de Lisboa demora duas horas e meia, mais coisa, menos coisa, chega com fome e pode ir até à Rua de São Marcos onde vai encontrar o Restaurante O Lagarteiro.

 

Com a devida vénia ao jornalista d’A Bola João Almeida Moreira, transcrevo uma deliciosa história vinda do outro lado do Atlântico.

Edilene escolheu o nome do filho: Anthony, quase igual, mais h, menos h, ao do craque do Manchester United que vem sendo titular no clube inglês em vez da lenda portuguesa Cristiano Ronaldo, relegado para o banco. O pai da criança concordou. O pior é que foi ele, e não ela, a registar a criança. Só um mês depois do registo, Edilene descobriu, ao consultar a papelada, que o filho Anthony não se chamava Anthony. E sim Cristiano Ronaldo Matos da Silva! O marido dando uma de Erik ten Hag, resolveu fazer uma substituição sem que a mulher soubesse. “Ele não tem limites”, desabafou ela, a propósito da idolatria ao CR7.

 

Continua a mostrar que pode ser uma escolha de Fernando Santos para o Mundial.

Este fim de semana foi decisivo frente ao Rio Ave, como já tinha sido importante com o PSG.

Para Gonçalo Ramos, avançado do Benfica, vai O VELHO de hoje.

 

Até para a semana.

 

 

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