Já o expliquei uma vez, mas numa altura em que há futebol todos os dias, recordo como vai crescendo este espaço semanal.
A partir de 3ª feira começo a cozinhá-lo, o que vai acontecendo ao longo dos dias até ser divulgado na Rádio Voz de Alenquer – na 2ª feira à noite – e no blogue Tio Jorge no Alentejo à terça.
Informação atualizada, vamos ao trabalho.
Durante quase um mês, todas as atenções – para quem gosta da modalidade – estão no Mundial.
Obviamente que quando olhamos para os oito grupos de seleções, a tentação de apontar as dezasseis formações que seguem para os oitavos de final é inevitável.
Dentro do quadro destas previsões, ficamos sempre à espera daquela primeira grande surpresa, sendo que não foi preciso esperar muito tempo por ela.
Ao quinto jogo da prova a Argentina, um dos principais favoritos à vitória final, marcou cedo na sua estreia, permitiu a recuperação da Arábia Saudita – o segundo golo é fabuloso – e tivemos o primeiro escândalo da prova, numa partida onde o VAR foi um dos principais protagonistas.
Não foi preciso esperar muito tempo para termos mais um resultado pouco previsível, daqueles que se costumam apelidar de uma grande barraca para quem perde.
A derrota da Alemanha teve muitas semelhanças com a da seleção albiceleste, pois esteve a vencer ao intervalo, acertou duas vezes nos ferros, consentindo a reviravolta na parte final.
Mas eu não acho que tenha sido uma grande surpresa, porque a seleção germânica, já na recente Liga das Nações, mostrou que aquela frase do futebolês que “no princípio do jogo são 11 contra 11 e no fim ganha a Alemanha”, já era.
No mesmo dia encontrei uma seleção pior que a do Catar, possibilidade em que eu não acreditava.
Acho que não vai haver mais nenhuma sacada com esta, os espanhóis ficaram eufóricos e os costa-riquenhos, serão, muito provavelmente, a pior do Mundial.
Parece-me que o PALERMA MAU vai ter lugar cativo durante o Mundial.
Depois da FIFA ter impedido a braçadeira arco-íris contra a hemofobia, com a expressão ONE LOVE, agora foi a vez de impossibilitar a seleção belga de usar no seu equipamento secundário a expressão LOVE na parte interior do colarinho, num local onde não é visível depois de vestida.
Para Infantino e companhia o prémio da estupidez desta semana.
Quando pensamos no Mundial de futebol, pensamos em grandes jogos, enorme intensidade e golos espetaculares.
Infelizmente não tem sido assim, apesar de algumas soberbas execuções que deram festejo.
Uns dos motivos, na minha opinião, é a fraca qualidade de várias das 32 seleções presentes na prova, sendo que a solução era reduzir o número de competidores e aumentar o espaço entre os jogos.
E o que vai fazer a FIFA na próxima edição?
Totalmente o contrário.
Em 2026 vamos ter 48 seleções na fase final do Mundial, com 16 grupos de três equipas, apuram-se as duas primeiras e entramos no mata-mata, a partir dos dezasseis avos de final.
O número de jogos vai ser o mesmo, os dias de descanso também, mas a qualidade dos jogos vai diminuir, pois não é possível, de repente, melhorar o futebol nos cinco cantos do Mundo.
O GPS desta semana viaja até ao distrito de Faro onde vamos conhecer o Clube Desportivo de Odiáxere, coletividade fundada em 1981, que nesta altura ocupa a 9ª posição da 1ª Divisão Distrital.
Pertencente ao concelho de Lagos, Odiáxere foi elevada à categoria de vila em 1 de julho de 2003, fazendo fronteira com as freguesias de Mexilhoeira Grande, Alvor, São Sebastião e Bensafrim, com a curiosidade de nos anos 50 do século passado se escrever Odeáxere.
A sua Igreja Matriz destaca-se no horizonte local, sendo que partindo de Lisboa demora perto de três horas – cumprindo os limites de velocidade – chega com fome e pode tomar uma boa refeição no Restaurante O Caseiro, situado na Estrada Municipal 539.
Guardei para o fim os dois jogos de Portugal, sendo que o segundo ainda está quentinho, pois terminou há minutos.
Respeitando a hierarquia do calendário começo esta conversa – curta - com o jogo frente ao Gana.
Não fiquei nada surpreendido, pois tivemos o habitual futebol da nossa seleção, sem arriscar nada, imagem de marca de Fernando Santos, mas já percebemos que o Engenheiro levou a Santinha para o Catar.
Lentidão, displicência e desconcentração, durante grande parte do jogo, deixaram-nos com os cabelos em pé, cujo expoente máximo foi a oferta de Diogo Costa em cima do apito final, rejeitada pelo ganês.
Hoje reencontrámos o nosso carrasco de 2018, a primeira metade do jogo foi igual ao confronto com o Gana, muita posse bola, pouca velocidade, ausência de criatividade, mas o Uruguai, só lá indo pela certa, foi mais perigoso.
E o que mudou na 2ª parte?
Nada!
Contentes com o empate, lá marcámos, um golo saído do nada e outro de penalty, sofremos como sempre, mas já estamos apurados para os oitavos.
Valha-nos a Santinha do Engenheiro... e o Diogo Costa!
Para mim marcou o melhor golo do Mundial até este momento.
O brasileiro Richarlison, jogador do Totttenham, fica com O VELHO de hoje.
Até para a semana.
Nota: Uma alteração do logo deste espaço, com o verdadeiro Melhor Pé Esquerdo de Oriola.
Sim, o da Princesa, que neste caso é o direito.
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