Conforme já opinei na última semana, Pelé foi o jogador mais completo de sempre, mas o seu desaparecimento não desvendou um mistério com mais de 48 anos.
No último jogo que fez pelo Santos, guardou numa caixa fechada um amuleto que usou durante a sua despedida, pedindo para que ela nunca fosse aberta, de forma a que o clube tivesse sorte no futuro.
A caixa está fechada num cacifo no Estádio Vila Belmiro, mas ninguém sabe da chave.
O presidente do clube, Andrés Rueda, já disse que vai falar com a família para resolver o que se vai fazer.
Teremos um mistério para continuar?
Vamos até à Grécia no CANTINHO LUSO desta semana.
Dois golos, com carimbo português, deram a vitória ao PAOK, com Nélson Oliveira e Tiago Dantas a festejaram, curiosamente dois jogadores formados no Benfica.
Apesar de durante o Mundial ter negado a possível ligação, Cristiano Ronaldo é jogador dos sauditas do Al Nassr.
Claro que cada futebolista tem o direito de seguir o seu caminho – uma opção que provocou o divórcio com Jorge Mendes – mas o que fez com que o rei dos recordes tenha escolhido jogar num campeonato de fraca qualidade como o da Arábia Saudita?
A resposta é fácil.
Um contrato milionário.
Não sei se será a última equipa de Ronaldo, nem sequer sei se ele voltará à seleção nacional, mas de uma coisa eu tenho a certeza.
O dinheiro não pode comprar tudo, nomeadamente patrocinar o futebol num país que não respeita as mais elementares regras dos direitos humanos.
Já agora, onde estão aqueles que criticaram Lionel Messi quando ele se transformou – em maio de 2022 – embaixador do turismo saudita?
Num jogo da Taça de França, o defesa do Marselha, Éric Bailly, protagonizou um lance que mandou um jogador do Hyeres – equipa da 4ª divisão - para o hospital, com uma entrada assassina.
Viu, obviamente, o cartão vermelho e leva o PALERMA MAU de hoje.
Já falei há pouco de dinheiro e do que isso faz à cabeça das pessoas. Enzo Fernández é mais um exemplo recente.
Claro que eu não sou daqueles que gostavam de voltar ao passado, ao tempo de Salazar, que não deixou o Eusébio sair do país, à época da ditadura brasileira que impediu Pelé de ser transferido, mas os jogadores pós-Bosman têm que respeitar a sua entidade patronal, o clube que lhes paga o ordenado.
Faltar aos treinos para forçar a saída, parece-me um estratagema ridículo, à boa maneira sul-americana, percebendo-se que está a ser mal aconselhado pelo seu empresário.
Tem tudo para ser um grande jogador, mas o facto de ter sido campeão mundial não lhe pode subir à cabeça.
Muito menos os milhões de libras com que lhe acenam.
O GPS desta semana viaja até ao distrito de Castelo Branco onde vamos conhecer o Grupo Desportivo Águias do Moradal, coletividade fundada em 1971, que ocupa atualmente o 3º lugar da 1ª Divisão da Associação de Futebol albicastrense.
O clube fica situado no Estreito, município de Oleiros, pertencente, deste a reorganização administrativa de 2013, à União de Freguesias de Estreito e Vilar Barroco.
A 227 quilómetros de Lisboa e do Porto, chega com vontade de apreciar uma boa refeição, faz mais cinco minutos até Roqueiro e chega à Adega dos Apalaches, onde o cabrito estonado é a referência da casa.
Se o quiser provar, só ao almoço de quinta-feira a domingo, com marcação.
Para fechar este pé canhoto de hoje, vou referir-me à sucessão de Fernando Santos.
Quando foi conhecida a saída do Engenheiro, muito foram os nomes – como é habitual – que foram avançados pela Comunicação Social.
José Mourinho seria a primeira escolha da Federação, eventualmente Rui Jorge seguraria as pontas até ao final da época, até à desvinculação do treinador da Roma.
Mais nomes foram surgindo, os portugueses Paulo Sousa, Rui Vitória, Leonardo Jardim, Bruno Laje, entre outros, além do francês Zinadine Zidane e o espanhol Luis Enrique.
No dia 20 de dezembro escrevi assim neste espaço: “Vamos ver qual vai ser a escolha de Fernando Gomes e os seus pares. A minha era Roberto Martínez, que deixou a seleção belga depois da eliminação no Mundial”.
Será que o presidente da Federação Portuguesa de Futebol leu o meu blogue?
Tem 24 anos, nasceu em Jerusalém e é internacional pela Palestina.
No sábado marcou os dois golos – o primeiro de execução primorosa – que deram a vitória ao Arouca.
O VELHO desta semana vai para Oday Dabbagh.
Para ganhar algum tempo no meu dia a dia, o Pé Esquerdo vai ficar mais curto a partir da próxima semana, com o GPS e o PALERMA MAU a irem de férias.
Além de outras situações, tenho por aí uns livros a chorarem por mim.
Até para a semana.
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