Um Australiano e Uma Roda
“Será agora que vou ficar a saber o que fizeste pela única vez na Volta a Portugal de 2016?”, perguntou-me o ESPERTO.
“Vais sim, nessa edição da Portuguesa a derradeira etapa era um contrarrelógio individual que ligava Vila Franca de Xira a Lisboa, pelo que as equipas não tinham carros suficientes para acompanharem todos os ciclistas durante esse trajeto de 32 quilómetros”.
“Então e se algum tive um furo como fazia?”.
“A história tem precisamente a ver isso. A organização foi tentar perceber quem podia servir de apoio a um ciclista nesse trajeto, levando uma roda dentro do carro, o Nuno Inácio conduziu o carro da Rádio Voz de Alenquer, em serviço para a ARIC, e eu fiz com ele a prova de um ciclista, a quarenta à hora até a capital”.
“Então e que ciclista acompanharam?”.
“Tínhamos que sair logo com um dos primeiros, pois precisámos de estar na Praça da Figueira cedo, pois era lá que estava o nosso estúdio, pelo que nos calhou o australiano Timothy Roe (Drapac) que fez o esforço individual no 40º lugar, terminando a Volta no lugar 107”.
“E se ele tivesse um furo eras tudo que mudavas a roda?”.
“Achas!? Ele tinha que se desenrascar, mas felizmente não foi preciso”.
“Uma história para a vida. Vamos lá olhar para os Jogos Olímpicos, no K1 500 metros Teresa Portela foi 4º classificada nos quartos de final e apurou-se para as meias-finais, no skate park, Thomas Augusto não chegou à final, por esta altura está no 12º lugar – apurava os oito primeiros -, sendo que hoje ainda vamos ter portugueses na vela, se o vento ajudar, e no apuramento para o triplo salto onde estão Tiago Pereira e Pedro Pichardo”.
“Mais uma tarde que promete”.
Uma mudança na parafernália televisiva é sempre um desafio.
Um grande desafio.
Até logo.
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