Televisão Avariada
A irritação de hoje vem de botas com pitons, um equipamento de última geração e uma bola.
Começo com uma declaração de interesses, conhecida por muitos.
Sou benfiquista!
Acho que esse facto não me impede de opinar sobre as demasiadas palermices, cometidas pelos três grandes, que acho que têm muito a ver com os presidentes que os gerem.
Houve uma altura em que eu acreditava que quando Rui Costa, Vítor Baía e Luís Figo fossem os líderes de Benfica, FC Porto e Sporting as coisas melhorariam significativamente.
Estava enganado.
Até ao momento só acertei no presidente das águias, não está totalmente fora de hipótese o Vítor e o Luís poderem vir a ser, mas já percebi que a minha ideia de paz, patrocinada por antigos jogadores, não tem pernas para andar.
Ao logo dos anos esta rivalidade, que podia ser saudável, nunca o foi, patrocinada pelos que mandam, mas muito incendiada pelos simples adeptos, que como os Pais nos escalões de formação, são um mal necessário.
Acredito que Villas-Boas, Varandas e Costa tenham muitas vezes, e até o façam, vontade de criticarem o treinador após uma derrota ou um jogo mal conseguido, mas é muito mais fácil mandar os canais de comunicação desancar no árbitro, aproveitando para enviar recados venenosos para os adversários.
A clubite aguda cega a vista e o raciocínio de quase todos, contribuindo para a intoxicação da maralha, que perante casos demasiado evidentes, chutam para canto, recorrendo aquela frase que os miúdos dizem muito na escola, tu é que és, ou, quem diz é quem é.
O problema é que aqui as repercussões são muito mais graves.
Acham imaginável pessoas responsáveis dos três grandes – hoje só me refiro a estes – virem dizer que o árbitro ou VAR não estiveram bem e fomos beneficiados?
Nunca!
Ao longo de uma temporada, FC Porto, Sporting e Benfica tem sempre um saldo positivo em relação a reclamações arbitrais, mas a memória só consegue reter os erros que alguém cometeu no jogo do seu rival, mas esquecem-se de quando esses lapsos, cometido pelo mesmo, acabaram por os beneficiar.
Todos tem o direito a emitir a sua opinião, mas nós, amantes do futebol, também gostávamos de saber, porque raio estava uma televisão no balneário do árbitro no Estádio do Dragão.
É habitual existir uma onde os homens do apito mudam de roupa?
Não sei, mas se é, não podiam lá colocar uma que se pudesse desligar?
Se aquela malta estiver farta de futebol, não pode ver o Taskmaster, por exemplo?
Claro que as indignações surgiram de todos os lados, mas explicação de aquele objeto lá estar, ficou esquecida nas ruas da amargura.
Para a semana há mais irritações.

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