Não há muitos anos atrás, as pontuações dos campeonatos de futebol, entregavam os pontos de forma crescente e consecutiva. Zero pontos para a derrota, um para o empate e dois para o vencedor. Aliás, foi assim, praticamente, desde o início dos pontapés na chincha.
Mas, em determinada altura, os estudiosos da matéria, tentando combater o denominado anti-jogo, resolveram alterar a forma de pontuar os resultados dos jogos de futebol, passando a vitória a atribuir três pontos.
A medida até agradou, de tal forma que outros desportos passaram, pouco tempo depois, a utilizar a mesma matemática classificativa.
Até aqui tudo bem. O pior foi que os jornalistas, habituados aos lugares comuns, muito vezes sem tempo para pensarem no que escrevem e dizem, continuam, passados largos anos desde a alteração, a escrever e a dizer, coisas do género, quando o jogo acaba empatado: “justa divisão pontual”, “partilha dos pontos foi injusta” ou “repartição dos pontos em disputa aceita-se”, quando se referem à justiça ou injustiça do resultado final.
Ora bolas. Vamos lá entendermo-nos.
Em caso de vitória, os pontos a atribuir são três. Se as equipas empatam, como é que se faz essa divisão? Então não é apenas um ponto para cada um? Onde é que está a divisão pontual?
É verdade que a língua portuguesa é muita traiçoeira, mas a ignorância dos que têm obrigação de a conhecer, é bem pior.
1 comentário:
Bem visto Jorge! ;)
Abraço
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