Este regresso ao trabalho, após a Consoada, é penoso, digamos que é uma terça pior que uma segunda. Habituados ao stress diário, até dele sentimos falta, num dia em que mais de meio país parou. Lojas fechadas, ruas semi-desertas, transportes colectivos vazios, enfim, o habitual em ressaca de festa, complementada por uma tolerância de ponto para os funcionários públicos, menos para os da Câmara Municipal do Porto. Uma forma de dar nas vistas.
Hoje de manhã lia sobre o boxing day, onde no Reino Unido, se realiza mais uma jornada da Liga de futebol, depois de terem jogado a vinte e três, de jogarem de novo a trinta e repetirem a dose no primeiro dia de 2007, sempre com os estádios cheios. Por cá temos o oposto, perto de um mês sem futebol, num negócio que vai de mal a pior, nomeadamente nas assistências aos jogos.
Também não sou defensor do esquema inglês, mas o nosso...Ainda há poucos anos discutiamos o facto de quase não se parar na quadra natalícia, mas rapidamente fomos do oito ao oitenta.
Vitor Serpa, director do jornal A Bola no seu editorial de hoje, faz uma análise perfeita do estado do nosso futebol. É preciso derrubar tudo e começar de novo, para recuperar a credibilidade. Mas para isso as figuras têm que mudar, como ele bem assinala: "Só não tenho a certeza de que não seja necessário que os dinossauros excelentíssimos se extingam para que o futebol português recupere a sua vitalidade".
Numa altura em que, na Batalha, descobriram mais um esqueleto de dinossauro, com mais de 150 milhões de anos, desejo que não seja preciso tanto tempo para extingir com os que estão a mais no nosso futebol.
Sem comentários:
Enviar um comentário