Aproveitando o Carnaval, época de que tanto gosta, Alberto João Jardim demitiu-se do Governo Regional da Madeira, ao fim de quase 30 anos de governação.
Estes são os factos já analisados pelos comentadores políticos, efectuados com grande cuidado, para não aborrecer o líder madeirense.
Penso que nem me devia admirar com as extravagâncias de AJJ. Já nos habituou às suas parvoíces, mas esta roça o ridículo.
Vejam algumas das suas afirmações no discurso, onde anunciou a sua demissão. Começou por referir que não está: "em posição de enfrentar esta multiplicação de novos problemas, sem um mandato claro do eleitorado da Região Autónoma da Madeira". Mandato mais claro? AJJ foi eleito com maioria absoluta esmagadora, como acontece há 30 anos.
Mais duas expressões brilhantes. A sua renuncia, prova assim "não estar agarrado ao poder" ou afirmando que "ao recandidatar-me à liderança do governo regional demonstro que não fujo, nem abandono, quando as circunstâncias estão insuportavelmente muito mais difíceis". Agarrado ao poder? Que mentira...ele só lá está há três dezenas de anos. Não foge, nem abandona!? Também já tinhamos percebido.
E é claro que se soubesse que uma nova maioria absoluta, não estava já ali ao virar de uma nova votação, tinha-se demitido! Hipocrisia e estupidez em doses iguais.
Já que está tão preocupado com a falta de dinheiro para os madeirenses, devia começar por parar de dar um milhão de euros, por ano, ao Diário da Madeira, para este escrever o que ele quer ou reduzir substancialmente as fortunas que dá aos clubes de futebol madeirenses para importarem dezenas e dezenas de brasileiros.
E agora quem vai pagar mais estas eleições?
Os mesmos do costume. Todos nós.
Sem comentários:
Enviar um comentário