
Quero partilhar convosco um telefonema que recebi no passado sábado.
Atendi e do outro lado surgiu a identificação: "Fala Maria João Barreto". Para quem não sabe, trata-se de uma professora da Universidade Independente, que ganhou protagonismo recentemente por ter sido nomeada porta-voz da UnI.
Estranhei o contacto.
Depois da apresentação a pergunta: "Ainda é aluno da Universidade?". A resposta saiu rápida: "Não...nem dessa, e por enquanto de nenhuma". A porta-voz, acrescentou: "Tínhamos um projecto e estávamos a contar consigo".
Terminei, dizendo: "Na Independente nunca mais".
Fiquei a pensar no motivo do telefonema. Um projecto?
Claro que os alunos, na sua maioria, já foram ou vão mudar de estabelecimento de ensino. Mas será que os estão a contactar, pelo telefone, para voltarem? E alguém acredita que a UnI não vai fechar?
A tristeza que sinto pelo que aconteceu, não é traduzível em caracteres. Tenho a consciência tranquila de que nada fiz para provocar este desmoronamento. Ao contrário de Maria João Barreto, que conspirando pelos cantos contribuiu para o clima que conduziu ao fim da Universidade Independente.
Mas não foi só ela. Muitos outros docentes tiveram comportamentos reprováveis para colegas seus. E se é verdade que a gestão financeira foi ruinosa, não é menos verdade que uma boa parte dos professores ajudou, e de que maneira a "enterrar" o sonho de muitos.
Talvez por ser teimoso, talvez por já ter vivido quase meio século, não tenho uma opinião hoje e outra amanhã, conforme a música que é tocada.
Para mim esta senhora não presta.