Com o dois mil e seis já de malas feitas, vou aproveitar este meu espaço para desejar a todos os que lerem este post, um novo ano recheado de tudo o que mais gostarem e precisarem.
Um ano que vai ser emocionante...já viram...007...bem, era um trocadilho.
Gostava, sempre que passem pelo "Tio Jorge", que deixem o vosso comentário, a vossa crítica, a vossa sugestão, para melhorar a qualidade.
Agora...desculpem, estão a bater à porta...é o dois mil e sete que está a chegar.
domingo, 31 de dezembro de 2006
sábado, 30 de dezembro de 2006
Reveillon em Greenwich
Os apelos à utilização dos transportes públicos nas áreas urbanas das grandes cidades, multiplicam-se. Por vezes até surgem ameaças, que os automóveis vão ficar à porta, ou entram pagando uma portagem.
Eu, há bastante tempo que aderi à causa. De comboio e autocarro, faço o meu circuito diário, de casa para o trabalho, daí para a Universidade e o regresso à residência, no final do dia.
Além da possibilidade de ler durante os percursos, gosto especialmente das informações prestadas, daqueles quadros, supostamente electrónicos, que se encontram nos locais onde aguardamos a chegada dos nossos meios de transporte.
As coisas até têm corrido bem. Um atraso aqui, mais uns minutos ali, mas como sou bastante paciente, até encaro estas situações com normalidade.
Mas ontem as coisas não correram bem. Ao chegar a estação da CP em Entrecampos, deparei que os comboios circulavam com mais de trinta minutos de atraso. Aí, pensei: "A Cláudia é que tem razão, eles andam sempre atrasados". Bem, concerteza terá acontecido alguma coisa anormal.
Derivei para uma paragem dos autocarros da Carris, tentando ultrapassar aquela dificuldade, tipo "vou tentar enganar os comboios". Lá chegado, entrei no primeiro, a caminho da Gare do Oriente. Como não era directo para lá, fiz um transbordo, ou seja, saí dum e esperei por outro.
Espectáculo. Na paragem onde fiquei, pois nem todas têm, lá estava aquele magnífico quadro, que nos diz quanto tempo demora a chegar o nosso meio de transporte. Quatorze minutos era o tempo que faltava. Eram 18:10 horas.
A contagem decrescente era lenta, muito lenta, mas finalmente entrou na contagem dos cinco minutos finais. Quatro...três...quatro...cinco! Bem, o que se estará a passar? Será que o meu autocarro se arrependeu?
Afinal não, chegou às 18:50 horas. Quatorze minutos que demoraram quarenta!?
Será que o meridiano de Greenwich já estava a preparar o reveillon?
Eu, há bastante tempo que aderi à causa. De comboio e autocarro, faço o meu circuito diário, de casa para o trabalho, daí para a Universidade e o regresso à residência, no final do dia.
Além da possibilidade de ler durante os percursos, gosto especialmente das informações prestadas, daqueles quadros, supostamente electrónicos, que se encontram nos locais onde aguardamos a chegada dos nossos meios de transporte.
As coisas até têm corrido bem. Um atraso aqui, mais uns minutos ali, mas como sou bastante paciente, até encaro estas situações com normalidade.
Mas ontem as coisas não correram bem. Ao chegar a estação da CP em Entrecampos, deparei que os comboios circulavam com mais de trinta minutos de atraso. Aí, pensei: "A Cláudia é que tem razão, eles andam sempre atrasados". Bem, concerteza terá acontecido alguma coisa anormal.
Derivei para uma paragem dos autocarros da Carris, tentando ultrapassar aquela dificuldade, tipo "vou tentar enganar os comboios". Lá chegado, entrei no primeiro, a caminho da Gare do Oriente. Como não era directo para lá, fiz um transbordo, ou seja, saí dum e esperei por outro.
Espectáculo. Na paragem onde fiquei, pois nem todas têm, lá estava aquele magnífico quadro, que nos diz quanto tempo demora a chegar o nosso meio de transporte. Quatorze minutos era o tempo que faltava. Eram 18:10 horas.
A contagem decrescente era lenta, muito lenta, mas finalmente entrou na contagem dos cinco minutos finais. Quatro...três...quatro...cinco! Bem, o que se estará a passar? Será que o meu autocarro se arrependeu?
Afinal não, chegou às 18:50 horas. Quatorze minutos que demoraram quarenta!?
Será que o meridiano de Greenwich já estava a preparar o reveillon?
sexta-feira, 29 de dezembro de 2006
Pelas nossas crianças
Desde menino que oiço esta frase "as crianças são a melhor coisa do Mundo" e eu assino por baixo. Lamentavelmente, ainda há pessoas, se assim se podem considerar, que não concordam.
Ao passar os olhos pelo jornal, encontrei uma notícia, que já não sendo de hoje, vem mais pormenorizada. Trata-se do caso da Sara, a criança de Monção que morreu, vítima de espancamento efectuado pela própria mãe, que já terá confessado a autoria das selvagens agressões.
A Sara tinha dois anos e meio. Tinha mais três irmãos que estranhamente, ou talvez não, nunca apresentaram sinais de maus tratos. Segundo os mais próximos da família, ela era um caso à parte, completamente marginalizada.
Não me vou deter sobre os aspectos bárbaros deste caso. Espero que o Tribunal puna exemplarmente este caso, mais um de violência infantil.
O meu apelo vai para todos nós. Há mais de um mês que ela aparecia no infantário com nítidos sinais de violência. A comunicação às entidades competentes terá pecado por tardia. Provalvemente, podia-se ter salvado a Sara.
Vamos todos evitar que continuem a matar as nossas crianças, denunciando as situações que tivermos conhecimento.
Podemos ganhar um inimigo, mas salvaremos uma vida inocente.
Ao passar os olhos pelo jornal, encontrei uma notícia, que já não sendo de hoje, vem mais pormenorizada. Trata-se do caso da Sara, a criança de Monção que morreu, vítima de espancamento efectuado pela própria mãe, que já terá confessado a autoria das selvagens agressões.
A Sara tinha dois anos e meio. Tinha mais três irmãos que estranhamente, ou talvez não, nunca apresentaram sinais de maus tratos. Segundo os mais próximos da família, ela era um caso à parte, completamente marginalizada.
Não me vou deter sobre os aspectos bárbaros deste caso. Espero que o Tribunal puna exemplarmente este caso, mais um de violência infantil.
O meu apelo vai para todos nós. Há mais de um mês que ela aparecia no infantário com nítidos sinais de violência. A comunicação às entidades competentes terá pecado por tardia. Provalvemente, podia-se ter salvado a Sara.
Vamos todos evitar que continuem a matar as nossas crianças, denunciando as situações que tivermos conhecimento.
Podemos ganhar um inimigo, mas salvaremos uma vida inocente.
quinta-feira, 28 de dezembro de 2006
Nascido à sexta-feira
Confesso que tinha uma simpatia por ele. Postura elegante, pose calma, discurso tranquilo, eram atributos que me faziam admirar Kofi Annan, o ainda secretário-geral da Organização das Nações Unidas, cargo que vai deixar em um de Janeiro, sendo substituído pelo sul-coreano, Ban Ki-Moon.
Foi indigitado para o cargo, há dez anos, com o total apoio dos Estados Unidos, que agoram, na despedida o atacam duramente, fruto das críticas à postura dos americanos na guerra do Iraque. Críticas que só pecaram por tardias. Ao longo do seu mandato, fica a sensação de tentar fazer muito, mas pouco ou nada concretizar.
Mas o seu principal pecado foi deixar-se envolver, no tristemente célebre caso do programa "Petróleo por alimentos", que em traços gerais - criado em 1994 após o final da primeira guerra no Iraque - vendia licenças de exportação de petróleo iraquiano a companhias internacionais e usava as receitas para comprar alimentos para os iraquianos e para compensar o Kuwait.
Até aqui tudo bem. O pior foram a irregularidades surgidas, conforme descreve em pormenor o artigo do Diário Económico, tudo com o beneplácito de Kofi Annan.
Este ganês, nascido há sessenta oito anos, cujo nome na sua terra natal, significa "nascido à sexta-feira", desiludiu-me. Sim porque foi desilusão o que eu senti ao perceber que o senhor simpático, que eu gostava de ver e ouvir, também estava envolvido em estratagemas sujos.
Foi indigitado para o cargo, há dez anos, com o total apoio dos Estados Unidos, que agoram, na despedida o atacam duramente, fruto das críticas à postura dos americanos na guerra do Iraque. Críticas que só pecaram por tardias. Ao longo do seu mandato, fica a sensação de tentar fazer muito, mas pouco ou nada concretizar.
Mas o seu principal pecado foi deixar-se envolver, no tristemente célebre caso do programa "Petróleo por alimentos", que em traços gerais - criado em 1994 após o final da primeira guerra no Iraque - vendia licenças de exportação de petróleo iraquiano a companhias internacionais e usava as receitas para comprar alimentos para os iraquianos e para compensar o Kuwait.
Até aqui tudo bem. O pior foram a irregularidades surgidas, conforme descreve em pormenor o artigo do Diário Económico, tudo com o beneplácito de Kofi Annan.
Este ganês, nascido há sessenta oito anos, cujo nome na sua terra natal, significa "nascido à sexta-feira", desiludiu-me. Sim porque foi desilusão o que eu senti ao perceber que o senhor simpático, que eu gostava de ver e ouvir, também estava envolvido em estratagemas sujos.
quarta-feira, 27 de dezembro de 2006
Pobreza dos ricos
Todos os dias de trabalho o encontro. Ao fundo das escadas da estação ferroviária, cabelo branco desgrenhado, chapéu-de-chuva a imitar uma bengala, com a mão esticada. Mais tarde na deslocação para o almoço, outra cara familiar. Corpo curvado sobre um pau, barba por fazer, voz rouca, implorando numa ladainha imperceptível, uma moeda.
Dois exemplos que espelham a pobreza em que vive grande parte da nossa população.
Relanço os olhos por uma banca de jornais, onde alcanço a manchete do dia “Portugueses gastaram na quadra natalícia mais 11 milhões por dia, do que em 2005”.
Detenho o passo, olho para os que vão passando em passo acelerado, pouco preocupados com a minha incredulidade. Recordo o meu professor de Economia que dizia, mais ou menos isto “é inevitável com a globalização, os ricos vão ficar cada vez mais ricos e os pobres cada mais pobres “
Que raio de inevitabilidade. Que País insensível, perante os milhares de pessoas que vivem abaixo do limiar da pobreza. Que País desprezível, que sabe disso e não faz quase nada para o evitar.
Que pobreza moral têm os ricos.
Dois exemplos que espelham a pobreza em que vive grande parte da nossa população.
Relanço os olhos por uma banca de jornais, onde alcanço a manchete do dia “Portugueses gastaram na quadra natalícia mais 11 milhões por dia, do que em 2005”.
Detenho o passo, olho para os que vão passando em passo acelerado, pouco preocupados com a minha incredulidade. Recordo o meu professor de Economia que dizia, mais ou menos isto “é inevitável com a globalização, os ricos vão ficar cada vez mais ricos e os pobres cada mais pobres “
Que raio de inevitabilidade. Que País insensível, perante os milhares de pessoas que vivem abaixo do limiar da pobreza. Que País desprezível, que sabe disso e não faz quase nada para o evitar.
Que pobreza moral têm os ricos.
terça-feira, 26 de dezembro de 2006
A extinção dos dinossauros
Este regresso ao trabalho, após a Consoada, é penoso, digamos que é uma terça pior que uma segunda. Habituados ao stress diário, até dele sentimos falta, num dia em que mais de meio país parou. Lojas fechadas, ruas semi-desertas, transportes colectivos vazios, enfim, o habitual em ressaca de festa, complementada por uma tolerância de ponto para os funcionários públicos, menos para os da Câmara Municipal do Porto. Uma forma de dar nas vistas.
Hoje de manhã lia sobre o boxing day, onde no Reino Unido, se realiza mais uma jornada da Liga de futebol, depois de terem jogado a vinte e três, de jogarem de novo a trinta e repetirem a dose no primeiro dia de 2007, sempre com os estádios cheios. Por cá temos o oposto, perto de um mês sem futebol, num negócio que vai de mal a pior, nomeadamente nas assistências aos jogos.
Também não sou defensor do esquema inglês, mas o nosso...Ainda há poucos anos discutiamos o facto de quase não se parar na quadra natalícia, mas rapidamente fomos do oito ao oitenta.
Vitor Serpa, director do jornal A Bola no seu editorial de hoje, faz uma análise perfeita do estado do nosso futebol. É preciso derrubar tudo e começar de novo, para recuperar a credibilidade. Mas para isso as figuras têm que mudar, como ele bem assinala: "Só não tenho a certeza de que não seja necessário que os dinossauros excelentíssimos se extingam para que o futebol português recupere a sua vitalidade".
Numa altura em que, na Batalha, descobriram mais um esqueleto de dinossauro, com mais de 150 milhões de anos, desejo que não seja preciso tanto tempo para extingir com os que estão a mais no nosso futebol.
Hoje de manhã lia sobre o boxing day, onde no Reino Unido, se realiza mais uma jornada da Liga de futebol, depois de terem jogado a vinte e três, de jogarem de novo a trinta e repetirem a dose no primeiro dia de 2007, sempre com os estádios cheios. Por cá temos o oposto, perto de um mês sem futebol, num negócio que vai de mal a pior, nomeadamente nas assistências aos jogos.
Também não sou defensor do esquema inglês, mas o nosso...Ainda há poucos anos discutiamos o facto de quase não se parar na quadra natalícia, mas rapidamente fomos do oito ao oitenta.
Vitor Serpa, director do jornal A Bola no seu editorial de hoje, faz uma análise perfeita do estado do nosso futebol. É preciso derrubar tudo e começar de novo, para recuperar a credibilidade. Mas para isso as figuras têm que mudar, como ele bem assinala: "Só não tenho a certeza de que não seja necessário que os dinossauros excelentíssimos se extingam para que o futebol português recupere a sua vitalidade".
Numa altura em que, na Batalha, descobriram mais um esqueleto de dinossauro, com mais de 150 milhões de anos, desejo que não seja preciso tanto tempo para extingir com os que estão a mais no nosso futebol.
segunda-feira, 25 de dezembro de 2006
Carta atrasada
Nos primeiros anos de idade sempre acreditei no Pai Natal. E gostava. Mas nunca lhe escrevi nenhuma carta.
Hoje a febre consumista, transformou esta época num delírio. Compra-se quase tudo, mesmo que não se goste, mesmo que os que a vão receber não gostem.
Apesar de já ir atrasada, este tema do Boss AC, é uma carta dirigida ao Pai Natal, em estilo crítico, revelando algumas das falhas da nossa sociedade.
Quer gostem ou não do tema, eu vou continuar a gostar do Pai Natal.
Hoje a febre consumista, transformou esta época num delírio. Compra-se quase tudo, mesmo que não se goste, mesmo que os que a vão receber não gostem.
Apesar de já ir atrasada, este tema do Boss AC, é uma carta dirigida ao Pai Natal, em estilo crítico, revelando algumas das falhas da nossa sociedade.
Quer gostem ou não do tema, eu vou continuar a gostar do Pai Natal.
domingo, 24 de dezembro de 2006
Sem blog
Por muito que tentemos ser originais, esta é a época das trivialidades. Por mais que rebusquemos na nossa criatividade, chega-nos sempre uma frase feita.
É verdade que, nesta quadra, pensamos mais nos que têm vidas complicadas, mas porquê só nesta data?
Um grande Natal para todos os que nunca vão saber o que é um blog.
A mensagem há-de lhes chegar.
É verdade que, nesta quadra, pensamos mais nos que têm vidas complicadas, mas porquê só nesta data?
Um grande Natal para todos os que nunca vão saber o que é um blog.
A mensagem há-de lhes chegar.
sábado, 23 de dezembro de 2006
Dos amigos
Eram muitos os teus amigos. Foram à tua despedida, dizer-te um até breve, seja onde for o lugar do reencontro. Fernando Alves, seu colega, seu amigo, no seu sinais da TSF, bem ao seu jeito, bem à sua maneira, muita vezes metafórica, mas sempre bela, deixou que as palavras homenageassem a nossa Leonor.
Tentei encontrar uma forma de me despedir de ti. Fui encontrar esta fotografia, onde o teu belo sorriso, sereno e calmo se destaca. Tu atiravas-me arroz, hoje envio-te um beijo.
Até sempre Leonor.
Tentei encontrar uma forma de me despedir de ti. Fui encontrar esta fotografia, onde o teu belo sorriso, sereno e calmo se destaca. Tu atiravas-me arroz, hoje envio-te um beijo.
Até sempre Leonor.
sexta-feira, 22 de dezembro de 2006
Testemunhos
Continuo olhar para ti, Leonor. Ontem à noite, foi à procura das fotos do meu casamento, onde estiveste presente. Lá estavas, ora atirando arroz para cima de mim e da Célia, ora compenetrada, durante o repasto.
Fechei o álbum e foi ao VeloLuso do Manuel José Madeira. Lá estava a Leonor, numa bela fotografia, que não resisto a publicar, assim como as lembranças do Paulo Cintrão, colega da Leonor durante muitos anos.
Logo vou à tua despedida, para te puder dizer...até já.
Fechei o álbum e foi ao VeloLuso do Manuel José Madeira. Lá estava a Leonor, numa bela fotografia, que não resisto a publicar, assim como as lembranças do Paulo Cintrão, colega da Leonor durante muitos anos.
Logo vou à tua despedida, para te puder dizer...até já.
quinta-feira, 21 de dezembro de 2006
Em busca da Leonor
Nestes momentos de saudade, procuro algo na Net. Vou encontrar um post no irreal tv.
Uma uma visão de Rui Cádima, com uma citação do Fernando Alves, como só ele sabe. Mais alguns cliques, descubro um de Nuno Markl no seu blog.
Continuo neste desvario de busca, como se estivesse à procura da Leonor, descobrindo o MZM. Passamos tantos momentos juntos, na nossa rádio. As lágrimas não resistem, rolando pela minha face, revoltada.
Leonor, os teus amigos de sempre estão contigo.
Uma uma visão de Rui Cádima, com uma citação do Fernando Alves, como só ele sabe. Mais alguns cliques, descubro um de Nuno Markl no seu blog.
Continuo neste desvario de busca, como se estivesse à procura da Leonor, descobrindo o MZM. Passamos tantos momentos juntos, na nossa rádio. As lágrimas não resistem, rolando pela minha face, revoltada.
Leonor, os teus amigos de sempre estão contigo.
Com...laço
Era assim que eu gostava de lhe chamar. Leonor Com...laço.
Tudo começou na aventura da rádio em Alverca. Era o tempo das piratas. O entusiasmo era enorme.
A Leonor Colaço (assim, sem a minha autoria), sempre foi reservada, introvertida até. Mas uma grande amiga.
No final dos anos oitenta, a 2000, que era a nossa rádio, a menina dos nossos olhos, acabou. Coisas da legislação da altura.
A Leonor continuou. Correio da Manhã Rádio, Rádio Comercial, e há meia dúzia anos a TSF, a telefonia sem fios.
Não nos víamos muitas vezes. Mas também não era preciso, pois a nossa amizade era muito superior à possibilidade de nos encontrarmos amiúde.
Ontem ela partiu. Sem avisar.
Uma coisa eu tenho a certeza. Quando nos voltarmos a encontrar, para fazer aquilo que gostamos, vai ser na Rádio Paraíso.
Um beijo para ti Leonor.
Tudo começou na aventura da rádio em Alverca. Era o tempo das piratas. O entusiasmo era enorme.
A Leonor Colaço (assim, sem a minha autoria), sempre foi reservada, introvertida até. Mas uma grande amiga.
No final dos anos oitenta, a 2000, que era a nossa rádio, a menina dos nossos olhos, acabou. Coisas da legislação da altura.
A Leonor continuou. Correio da Manhã Rádio, Rádio Comercial, e há meia dúzia anos a TSF, a telefonia sem fios.
Não nos víamos muitas vezes. Mas também não era preciso, pois a nossa amizade era muito superior à possibilidade de nos encontrarmos amiúde.
Ontem ela partiu. Sem avisar.
Uma coisa eu tenho a certeza. Quando nos voltarmos a encontrar, para fazer aquilo que gostamos, vai ser na Rádio Paraíso.
Um beijo para ti Leonor.
quarta-feira, 20 de dezembro de 2006
Sabor a passado
Depois de mais de vinte e cinco anos passados, dos dois lados da alegria, sabe sempre bem regressar, mesmo que por pouco tempo, ao convívio dos nossos. Daqueles que gostamos, mesmo não sendo família.
No início, estou reservado, vou tímido, encontrando um abraço aqui, um beijo acolá. Enquanto espero pelo jantar, fico impaciente. Como é habitual, a pontualidade é coisa que não existe pelas bandas da nossa margem, direita ou esquerda.
Começamos o repasto. Na minha mesa, vamos descobrindo, pouco a pouco, o lado de lá de cada um de nós, escondido, dado a conhecer com o passar dos minutos. Algumas garfadas volvidas, entretidas entre os vapores brancos e tintos, chegam os discursos. Habituais, de circunstância, sem nada de novo.
Perto do fim, o tempo de deambular entre as mesas. Agora sim, os abraços são mais fraternos, os beijos transbordam de saudade, o encontro sabe a passado.
Há quanto tempo não nos encontrava-mos.
No início, estou reservado, vou tímido, encontrando um abraço aqui, um beijo acolá. Enquanto espero pelo jantar, fico impaciente. Como é habitual, a pontualidade é coisa que não existe pelas bandas da nossa margem, direita ou esquerda.
Começamos o repasto. Na minha mesa, vamos descobrindo, pouco a pouco, o lado de lá de cada um de nós, escondido, dado a conhecer com o passar dos minutos. Algumas garfadas volvidas, entretidas entre os vapores brancos e tintos, chegam os discursos. Habituais, de circunstância, sem nada de novo.
Perto do fim, o tempo de deambular entre as mesas. Agora sim, os abraços são mais fraternos, os beijos transbordam de saudade, o encontro sabe a passado.
Há quanto tempo não nos encontrava-mos.
terça-feira, 19 de dezembro de 2006
Divisão pontual
Não há muitos anos atrás, as pontuações dos campeonatos de futebol, entregavam os pontos de forma crescente e consecutiva. Zero pontos para a derrota, um para o empate e dois para o vencedor. Aliás, foi assim, praticamente, desde o início dos pontapés na chincha.
Mas, em determinada altura, os estudiosos da matéria, tentando combater o denominado anti-jogo, resolveram alterar a forma de pontuar os resultados dos jogos de futebol, passando a vitória a atribuir três pontos.
A medida até agradou, de tal forma que outros desportos passaram, pouco tempo depois, a utilizar a mesma matemática classificativa.
Até aqui tudo bem. O pior foi que os jornalistas, habituados aos lugares comuns, muito vezes sem tempo para pensarem no que escrevem e dizem, continuam, passados largos anos desde a alteração, a escrever e a dizer, coisas do género, quando o jogo acaba empatado: “justa divisão pontual”, “partilha dos pontos foi injusta” ou “repartição dos pontos em disputa aceita-se”, quando se referem à justiça ou injustiça do resultado final.
Ora bolas. Vamos lá entendermo-nos.
Em caso de vitória, os pontos a atribuir são três. Se as equipas empatam, como é que se faz essa divisão? Então não é apenas um ponto para cada um? Onde é que está a divisão pontual?
É verdade que a língua portuguesa é muita traiçoeira, mas a ignorância dos que têm obrigação de a conhecer, é bem pior.
Mas, em determinada altura, os estudiosos da matéria, tentando combater o denominado anti-jogo, resolveram alterar a forma de pontuar os resultados dos jogos de futebol, passando a vitória a atribuir três pontos.
A medida até agradou, de tal forma que outros desportos passaram, pouco tempo depois, a utilizar a mesma matemática classificativa.
Até aqui tudo bem. O pior foi que os jornalistas, habituados aos lugares comuns, muito vezes sem tempo para pensarem no que escrevem e dizem, continuam, passados largos anos desde a alteração, a escrever e a dizer, coisas do género, quando o jogo acaba empatado: “justa divisão pontual”, “partilha dos pontos foi injusta” ou “repartição dos pontos em disputa aceita-se”, quando se referem à justiça ou injustiça do resultado final.
Ora bolas. Vamos lá entendermo-nos.
Em caso de vitória, os pontos a atribuir são três. Se as equipas empatam, como é que se faz essa divisão? Então não é apenas um ponto para cada um? Onde é que está a divisão pontual?
É verdade que a língua portuguesa é muita traiçoeira, mas a ignorância dos que têm obrigação de a conhecer, é bem pior.
segunda-feira, 18 de dezembro de 2006
Porque hoje é segunda
As segundas feiras são, para mim, dias complicados, principalmente, nos primeiros minutos de trabalho. Talvez por isso, hoje veio-me à ideia uma anedota que há dias me contaram, que retrata, de forma excelente, as nossas grandes empresas.
Uma empresa portuguesa e outra japonesa, decidiram enfrentar-se todos os anos, numa corrida de canoa, com oito homens cada. As duas equipas treinaram duramente e no dia da corrida estavam, ambas, na sua melhor forma. No entanto, os japoneses venceram por mais de um quilómetro de vantagem.
Depois da derrota, a equipa ficou desanimada. O Administrador criou um grupo de trabalho para examinar a questão. Após vários estudos, o grupo descobriu que os japoneses tinham sete remadores e um capitão, enquanto a equipa portuguesa tinha um remador e sete capitães.
Perante esta conclusão, o Administrador teve a brilhante ideia de contratar uma empresa de consultadoria para analisar a estrutura da equipa.
Depois de longos meses de trabalho, os especialistas chegaram à conclusão que a equipa tinha capitães a mais e remadores a menos.
Com base nesse relatório, a empresa decidiu mudar a estrutura da equipa, passando a ser composta por quatro comandantes, dois supervisores, um chefe dos supervisores e um remador.
Especial atenção seria dada ao remador. Ele teria que ser melhor qualificado, motivado e consciencializado das suas responsabilidades.
No ano seguinte, os japoneses venceram com dois quilómetros de vantagem.
Os dirigentes da empresa despediram o remador, por causa do seu mau desempenho e deram um prémio aos demais membros, como recompensa pelo desempenho e pela forte motivação que tentaram incutir na equipa.
O Administrador preparou um relatório da situação, no qual ficou demonstrado que foi escolhida a melhor táctica, a motivação era boa e o material deveria ser melhorado.
Neste momento estão a pensar substituir a canoa.
Talvez, nesta história, apesar de ficcionada, esteja parte dos problemas da nossa economia.
Uma empresa portuguesa e outra japonesa, decidiram enfrentar-se todos os anos, numa corrida de canoa, com oito homens cada. As duas equipas treinaram duramente e no dia da corrida estavam, ambas, na sua melhor forma. No entanto, os japoneses venceram por mais de um quilómetro de vantagem.
Depois da derrota, a equipa ficou desanimada. O Administrador criou um grupo de trabalho para examinar a questão. Após vários estudos, o grupo descobriu que os japoneses tinham sete remadores e um capitão, enquanto a equipa portuguesa tinha um remador e sete capitães.
Perante esta conclusão, o Administrador teve a brilhante ideia de contratar uma empresa de consultadoria para analisar a estrutura da equipa.
Depois de longos meses de trabalho, os especialistas chegaram à conclusão que a equipa tinha capitães a mais e remadores a menos.
Com base nesse relatório, a empresa decidiu mudar a estrutura da equipa, passando a ser composta por quatro comandantes, dois supervisores, um chefe dos supervisores e um remador.
Especial atenção seria dada ao remador. Ele teria que ser melhor qualificado, motivado e consciencializado das suas responsabilidades.
No ano seguinte, os japoneses venceram com dois quilómetros de vantagem.
Os dirigentes da empresa despediram o remador, por causa do seu mau desempenho e deram um prémio aos demais membros, como recompensa pelo desempenho e pela forte motivação que tentaram incutir na equipa.
O Administrador preparou um relatório da situação, no qual ficou demonstrado que foi escolhida a melhor táctica, a motivação era boa e o material deveria ser melhorado.
Neste momento estão a pensar substituir a canoa.
Talvez, nesta história, apesar de ficcionada, esteja parte dos problemas da nossa economia.
domingo, 17 de dezembro de 2006
Grande caçada
A caça nunca fez parte das minhas distracções. Aliás, nunca peguei numa arma, até porque fiquei dispensado do serviço militar. Em tempos passados ainda fiz umas incursões pela pesca. Gostava especialmente, pela calmaria. Dias de grande relax, divertidos, mesmo quando chegávamos a casa com o saco, que seria para os peixes, vazio.
Mais uma vez, recorro ao Gato Fedorento. Sei que há algumas pessoas que não gostam, mas talvez seja porque nunca ouviram com atenção.
Ora vejam lá este...
sábado, 16 de dezembro de 2006
A importância de ser o primeiro
Nem em época natalícia conseguimos ter descanso. Desta vez vamos investir no conhecimento da Search Engine Optimization, ou seja a optimização para motores de busca, que se trata de uma técnica usada para melhorar a posição dos sites nos resultados da pesquisa natural, não paga, dos motores de busca como o Google, Yahoo ou MSN.
Um estudo recente mostrou que cerca de 40 % das escolhas dos utilizadores, que fazem pesquisas, escolhem o primeiro site que lhes aparece como resultado da busca efectuada, daí a importância deste serviço.
Aproveitando uma analogia interessante, este processo é como passar a nossa loja física de uma rua desconhecida, para a baixa de Lisboa ou Porto. Contudo, esta transformação é longa e demora algum tempo, normalmente alguns meses, devido ao facto de ser necessária uma reindexação de toda a informação, a ser efectuada pelos motores de busca.
Esta optimização consiste em diversas acções, sendo as principais a escolha adequada de palavras-chave, uma correcta indexação do site nos motores de busca e o aumento da visibilidade e links para o seu sítio na Internet.
É caso para dizer, usando um ditado popular “candeia que vai à frente, alumia duas vezes”.
Um estudo recente mostrou que cerca de 40 % das escolhas dos utilizadores, que fazem pesquisas, escolhem o primeiro site que lhes aparece como resultado da busca efectuada, daí a importância deste serviço.
Aproveitando uma analogia interessante, este processo é como passar a nossa loja física de uma rua desconhecida, para a baixa de Lisboa ou Porto. Contudo, esta transformação é longa e demora algum tempo, normalmente alguns meses, devido ao facto de ser necessária uma reindexação de toda a informação, a ser efectuada pelos motores de busca.
Esta optimização consiste em diversas acções, sendo as principais a escolha adequada de palavras-chave, uma correcta indexação do site nos motores de busca e o aumento da visibilidade e links para o seu sítio na Internet.
É caso para dizer, usando um ditado popular “candeia que vai à frente, alumia duas vezes”.
sexta-feira, 15 de dezembro de 2006
Viver com alegria
Mais uma incursão pela publicidade, de novo com crianças, o que a torna sempre muito agradável. Aproveitem o exemplo e vivam com alegria, principalmente nos piores momentos.
quinta-feira, 14 de dezembro de 2006
Eu, Jorge
Há diversos dias que ando a ser pressionado, das mais diversas formas, perseguido por todo o lado, até me dão elogios, num blog vizinho, para verem se me desconcentram. Mas como disse o Major "não li o livro, não faço comentários".
Deixo apenas esta pergunta. Se toda a gente pode escrever livros (até o Macaco dos Superdragões escreveu um) porque é que a Carolina Salgado não pode?
Ela puder... podia, mas se falasse de culinária. Agora dizer mal do Pinto da Costa?
Que maldade.
Deixo apenas esta pergunta. Se toda a gente pode escrever livros (até o Macaco dos Superdragões escreveu um) porque é que a Carolina Salgado não pode?
Ela puder... podia, mas se falasse de culinária. Agora dizer mal do Pinto da Costa?
Que maldade.
quarta-feira, 13 de dezembro de 2006
Parabéns Fernando
Já não é a primeira vez, que aqui, refiro a minha paixão pela rádio. Durante perto de vinte anos, agora interrompidos pela minha incursão académica, foram muitas as horas de relatos de futebol e não só, estúdio e outras dentro do métier.
Desde miúdo, que me habituei a ouvir o futebol na rádio. E desculpem-me os puristas, mas aí, o jogo tem outro encanto, a imaginação toma-nos conta dos sentidos.
De dentro do pequeno rádio, cedo me habituei àquela voz. A voz de Fernando Correia. Durante cinquenta anos, festejados este mês, a sua voz tem-nos transportado para os estádios, connosco sentados no sofá.
Há quatro anos, durante um curso de Jornalismo Desportivo, tive o privilégio de o ter como professor. Pude verificar que, em conjunto com a sua competência e facilidade na transmissão dos seus conhecimentos, transmitiu-me, também, a sua amizade. A amizade de um grande senhor da comunicação.
Obrigado, amigo (deixe-me tratá-lo assim) Fernando.
Vamos-nos vendo por aí, num estádio qualquer.
Desde miúdo, que me habituei a ouvir o futebol na rádio. E desculpem-me os puristas, mas aí, o jogo tem outro encanto, a imaginação toma-nos conta dos sentidos.
De dentro do pequeno rádio, cedo me habituei àquela voz. A voz de Fernando Correia. Durante cinquenta anos, festejados este mês, a sua voz tem-nos transportado para os estádios, connosco sentados no sofá.
Há quatro anos, durante um curso de Jornalismo Desportivo, tive o privilégio de o ter como professor. Pude verificar que, em conjunto com a sua competência e facilidade na transmissão dos seus conhecimentos, transmitiu-me, também, a sua amizade. A amizade de um grande senhor da comunicação.
Obrigado, amigo (deixe-me tratá-lo assim) Fernando.
Vamos-nos vendo por aí, num estádio qualquer.
terça-feira, 12 de dezembro de 2006
Quarenta e sete
Sempre ouvi dizer, que a família é a sustentação de qualquer pessoa. Não posso estar mais de acordo. Sem ter percorrido o trilho, considerado normal, há luz dos padrões instituídos, mas felizmente, já quase banidos, a minha família dá-me a força que preciso para o dia a dia.
Esta parece uma frase feita, claro, para quem não tem o privilégio de ser pai e marido, destes grandes companheiros. Como o tempo é pouco, muito pouco, consegui juntar os meus filhos, ao almoço, à roda da mesa, para festejarmos os meus quarenta sete anos de vida. Ofereceram-me uma prenda, ritual normal. Um livro, com ele um postal, contendo dois versos, tão simples, como importantes:
Hoje fazes anos
não sabíamos o que te dar
Fizemos este poema
para contigo celebrar
Para além deste poema
demos-te um livro belo
Podes sempre lê-lo
a comer um caramelo
Não deixando de fora todos os que não se esquecem de mim, não só neste dia, mas em todos, só posso, abusando da liberdade da blogosfera, de pedir à Célia, à Cláudia e ao Ricardo, que sempre sejam como têm sido até hoje.
Esta parece uma frase feita, claro, para quem não tem o privilégio de ser pai e marido, destes grandes companheiros. Como o tempo é pouco, muito pouco, consegui juntar os meus filhos, ao almoço, à roda da mesa, para festejarmos os meus quarenta sete anos de vida. Ofereceram-me uma prenda, ritual normal. Um livro, com ele um postal, contendo dois versos, tão simples, como importantes:
Hoje fazes anos
não sabíamos o que te dar
Fizemos este poema
para contigo celebrar
Para além deste poema
demos-te um livro belo
Podes sempre lê-lo
a comer um caramelo
Não deixando de fora todos os que não se esquecem de mim, não só neste dia, mas em todos, só posso, abusando da liberdade da blogosfera, de pedir à Célia, à Cláudia e ao Ricardo, que sempre sejam como têm sido até hoje.
Incredulidade
Confesso, que já poucas coisas me vão surpreendendo, nos dias que correm. A insensibilidade, a crise de valores, como escrevia há dias Jorge Monteiro, na sua Now Katrineta, a ausência de olharmos para o lado, para ajudar o nosso vizinho, todas estas constatações, já quase que me tornaram, também, alheio a alguns problemas.
Ontem, contudo, passando os olhos ao de leve pela televisão, retive duas notícias. Uma dava conta de uma conferência, no Irão, sobre o Holocausto. Mahmoud Ahmadinejad, presidente iraniano, já proclamou aos quatro ventos, que o brutal assassínio de milhares de judeus, é uma ficção ocidental para justificar a ocupação dos terrenos palestinianos. E agora vai fazer uma conferência, sobre um assunto, que segundo ele não existiu?
A segunda dizia respeito à morte do ditador Augusto Pinochet. Na rua, manifestações de apoiantes do general chileno, em oposição aos que se regozijavam com a sua morte. Como estarão as famílias, dos que foram assassinados, por ordem do general, cujos corpos nunca aparereceram? Como é possível dar vivas a quem, reconhecidamente, mandou matar todos, ou quase todos, os que lhe queriam fazer frente?
Estas notícias ainda me surpreendem. Mais, deixam-me incrédulo.
Será que todos os meios justificam os fins a que se destinam?
Ontem, contudo, passando os olhos ao de leve pela televisão, retive duas notícias. Uma dava conta de uma conferência, no Irão, sobre o Holocausto. Mahmoud Ahmadinejad, presidente iraniano, já proclamou aos quatro ventos, que o brutal assassínio de milhares de judeus, é uma ficção ocidental para justificar a ocupação dos terrenos palestinianos. E agora vai fazer uma conferência, sobre um assunto, que segundo ele não existiu?
A segunda dizia respeito à morte do ditador Augusto Pinochet. Na rua, manifestações de apoiantes do general chileno, em oposição aos que se regozijavam com a sua morte. Como estarão as famílias, dos que foram assassinados, por ordem do general, cujos corpos nunca aparereceram? Como é possível dar vivas a quem, reconhecidamente, mandou matar todos, ou quase todos, os que lhe queriam fazer frente?
Estas notícias ainda me surpreendem. Mais, deixam-me incrédulo.
Será que todos os meios justificam os fins a que se destinam?
segunda-feira, 11 de dezembro de 2006
Chumbo
Na ressaca de mais um desesperante resultado do meu Benfica, dei por mim a ler a apreciação individual do mexicano Kikin Fonseca, titular devido à ausência de Nuno Gomes, expulso em Alvalade, de forma estúpida e justa. Escreve Nuno Perestrelo (será família do saudoso Jorge?) no jornal A Bola "Fez uma daquelas exibições que levaram à invenção do «avançado de equipa». Prendeu os defesas adversários, sim. Criou oportunidades para os colegas marcarem, sim. Antigamente chamava-se a estes jogadores «ponta-de-lança-que-não-marca-golos». Teve uma ou duas boas ocasiões para decidir o jogo, mas faltou-lhe instinto de matador e chumbou no teste".
Curioso...então os defeitos e as virtudes apontadas ao mexicano, não são os mesmos que fazem de Nuno Gomes, segundo a maioria da imprensa, indiscutível na equipa encarnada? E com a prestação em apenas um jogo, Fonseca já chumbou?
Por esta ordem de ideias, Nuno Gomes já teria chumbado há muito tempo.
Curioso...então os defeitos e as virtudes apontadas ao mexicano, não são os mesmos que fazem de Nuno Gomes, segundo a maioria da imprensa, indiscutível na equipa encarnada? E com a prestação em apenas um jogo, Fonseca já chumbou?
Por esta ordem de ideias, Nuno Gomes já teria chumbado há muito tempo.
sábado, 9 de dezembro de 2006
Etiquetas da moda
Ora cá estamos nós, a pairar sobre uma nova designação. É claro que andamos na Universidade para aprender, mas o Professor Bruno Júlio não nos dá descanso.
A proposta desta semana passa por falarmos de folksonomy, (expressão usada pela primeira vez por Thomas Vander Wal) que rapidamente os brasileiros transformaram em folksonomia. Trata-se de uma palavra com a origem em taxonomia, que significa uma nomenclatura de classificações, uma forma de indexação. Antecipando-lhe um folks (povos, tribos), temos o nosso trabalho semanal.
Estamos perante uma inversão das formas de busca. Se na maioria dos casos, efectuamos pesquisas segundo as regras que estão definidas, com a folksonomia, as normas são estabelecidas por nós.
Não existe uma hierarquia de responsabilidade, mas sim uma organização lógica e mental. Os utilizadores vão usar tags (etiquetas), de forma a catalogar a informação, sendo que essas palavras-chave, vão criando uma nuvem, onde surgem as que mais vezes são utilizadas.
Já existem diversos locais na Internet (como por exemplo o del.icio.us, o flickr e o youTube) três grandes exemplos de sucesso na Web 2.0 e que utilizam tags.
Como exemplo de utilidade, os leitores poderão montar um jornal só com assuntos do seu interesse, e os jornalistas podem usar as suas próprias palavras para classificar os seus contéudos.
O futuro está aqui. A tendência é para que muitos aplicativos, baseados na Internet, venham a adoptar este sistema. Aguardemos.
A proposta desta semana passa por falarmos de folksonomy, (expressão usada pela primeira vez por Thomas Vander Wal) que rapidamente os brasileiros transformaram em folksonomia. Trata-se de uma palavra com a origem em taxonomia, que significa uma nomenclatura de classificações, uma forma de indexação. Antecipando-lhe um folks (povos, tribos), temos o nosso trabalho semanal.
Estamos perante uma inversão das formas de busca. Se na maioria dos casos, efectuamos pesquisas segundo as regras que estão definidas, com a folksonomia, as normas são estabelecidas por nós.
Não existe uma hierarquia de responsabilidade, mas sim uma organização lógica e mental. Os utilizadores vão usar tags (etiquetas), de forma a catalogar a informação, sendo que essas palavras-chave, vão criando uma nuvem, onde surgem as que mais vezes são utilizadas.
Já existem diversos locais na Internet (como por exemplo o del.icio.us, o flickr e o youTube) três grandes exemplos de sucesso na Web 2.0 e que utilizam tags.
Como exemplo de utilidade, os leitores poderão montar um jornal só com assuntos do seu interesse, e os jornalistas podem usar as suas próprias palavras para classificar os seus contéudos.
O futuro está aqui. A tendência é para que muitos aplicativos, baseados na Internet, venham a adoptar este sistema. Aguardemos.
sexta-feira, 8 de dezembro de 2006
Morrer de amores pelo Pico [9]
Estas espectaculares férias na Ilha do Pico estão a chegar ao fim. As malas já estão feitas, de fora apenas o necessário para os dois dias que nos restam. E claro tudo o que precisamos para a subida.
Uma aventura, daquelas que nunca mais nos esqueceremos.
Bateram à porta. Era o Deodato. Vinha-nos buscar para irmos em busca do grande desafio. O tempo não estava colaborante. Muitas nuvens, a montanha envergonhada, escondia-se para lá da nossa visão. Conferimos se tudo estava preparado. O plano que o nosso amigo tinha idealizado, passava por subirmos no início da tarde, durante cerca de quatro horas. Nessa altura estaremos no Pico Alto, uma cratera com um perímetro de 700 metros e com uma profundidade de 30 metros. Montamos aí a nossa tenda e preparamo-nos para observar o pôr-do-sol. Numa das extremidades desta cratera, fica o Piquinho ou Pico Pequeno, um cone vulcânico de 70 metros de altura e que constitui o ponto mais alto da montanha. Aí esperamos ver o nascer do sol, por trás da ilha de S. Jorge, que projecta a sombra da montanha no outro lado do oceano.
Cada um de nós leva uma mochila e um cajado. Além de material para recolha de imagem, levamos uma muda de roupa, chocolates, água e pouco mais, pois a subida é difícil e quanto menos peso melhor. O Deodato leva a tenda e os saco-cama. O tempo é que não está a colaborar. Equacionámos a hipótese de não avançarmos. Mas estávamos decididos e o Deodato não nos quis contrariar.
O sol foi-nos acompanhando nos primeiros minutos da escalada, mas cedo percebemos que as condições meteorológicas não estavam connosco. Estugámos o passo, dentro do possível, para aproveitar-mos a ausência de chuva que estava eminente. Registámos, entre as muitas nuvens que já nos acompanhavam, alguns planos da ilha do Faial e da sua magnífica cidade da Horta.
Com mais de duas horas de caminho e alguns chocolates ingeridos, chegou a pluviosidade. Inicialmente, em jeito de humidade, envergonhada, como pedindo desculpa de nos molhar. Depois, mais atrevida, encharcando-nos até aos ossos. As dificuldades vão aumentando e o alto tão longe. Para percorrermos uma pequena dezena de metros, temos de contornar largos minutos de curvas e curvas, pelos trilhos delineados entre a rocha vulcânica e a vegetação selvagem.
O cansaço vai aumentado. A Célia “tenta” desanimar, mas nós não deixamos. Depois de mais de quatro horas, chegamos ao Pico Alto, onde as condições climatéricas estão ainda piores. Estamos todos desanimados. Tentamos montar a tenda, mudar de roupa e descansar, mas tenda esta encharcada e inutilizável. A mochila não resistiu à intempérie. Procurámos uma furna para nos abrigarmos e conseguimos encontrar uma, bem baixinha, o que nos proporciona algumas cabeçadas desagradáveis no tecto da nossa nova casa.
Estamos gelados. Rapidamente procuramos mudar de roupa. Pijamas por baixo, fatos de treino por cima, fórmula para ultrapassar o frio. Que não resulta. A temperatura ronda os oito graus. São sete da tarde. O vento sopra forte e a chuva não abranda. Com o evoluir da noite a temperatura vai atingir a proximidade do grau zero. A opção é resistir ao frio ou descer já, enquanto há uma réstia da luz natural. Optamos por avançar de imediato, apesar de outra dificuldade se avizinhar. Apenas o Deodato trouxe lanterna.
Depois de ultrapassarmos os trinta metros do Pico Alto, iniciamos a descida. Rapidamente a noite vai caindo. O tempo vai lentamente melhorando, mas, dizem os entendidos, descer é pior que subir. O nosso guia vai à frente, seguido pela Célia e eu. O piso está muito escorregadio. Apesar de conhecer muito bem o terreno, o nosso anfitrião escorrega e a lanterna caí e...já não volta a acender-se. A preocupação aumenta. E agora?
O Deodato transmite-nos tranquilidade. Deixamos os cajados, aproveitamos a vegetação para a utilizar como escorrega, encurtando caminho, mantendo-nos o mais junto possível, procurando, sempre que caminhamos na posição natural, colocar os pés de forma segura para evitar as quedas.
Estamos esgotados, após várias horas e muitos tombos. Pelo caminho ainda temos tempo para apreciar, de novo, o Faial, agora na versão nocturna. Espectacular. Esta visão vale a pena o esforço. Vislumbramos o fim da linha. As últimas centenas de metros parecem quilómetros, mas finalmente chegamos ao sopé desta Montanha gigantesca, após dez horas de caminhada.
Voamos a doze mil metros de altura. Dentro de uma hora vamos aterrar na Portela, dez dias depois da partida. Apesar dos músculos ainda queixosos, fruto da aventura na montanha, já temos vontade de voltar. E o Piquinho que se cuide, pois isto não vai ficar por aqui.
Uma aventura, daquelas que nunca mais nos esqueceremos.
Bateram à porta. Era o Deodato. Vinha-nos buscar para irmos em busca do grande desafio. O tempo não estava colaborante. Muitas nuvens, a montanha envergonhada, escondia-se para lá da nossa visão. Conferimos se tudo estava preparado. O plano que o nosso amigo tinha idealizado, passava por subirmos no início da tarde, durante cerca de quatro horas. Nessa altura estaremos no Pico Alto, uma cratera com um perímetro de 700 metros e com uma profundidade de 30 metros. Montamos aí a nossa tenda e preparamo-nos para observar o pôr-do-sol. Numa das extremidades desta cratera, fica o Piquinho ou Pico Pequeno, um cone vulcânico de 70 metros de altura e que constitui o ponto mais alto da montanha. Aí esperamos ver o nascer do sol, por trás da ilha de S. Jorge, que projecta a sombra da montanha no outro lado do oceano.
Cada um de nós leva uma mochila e um cajado. Além de material para recolha de imagem, levamos uma muda de roupa, chocolates, água e pouco mais, pois a subida é difícil e quanto menos peso melhor. O Deodato leva a tenda e os saco-cama. O tempo é que não está a colaborar. Equacionámos a hipótese de não avançarmos. Mas estávamos decididos e o Deodato não nos quis contrariar.
O sol foi-nos acompanhando nos primeiros minutos da escalada, mas cedo percebemos que as condições meteorológicas não estavam connosco. Estugámos o passo, dentro do possível, para aproveitar-mos a ausência de chuva que estava eminente. Registámos, entre as muitas nuvens que já nos acompanhavam, alguns planos da ilha do Faial e da sua magnífica cidade da Horta.
Com mais de duas horas de caminho e alguns chocolates ingeridos, chegou a pluviosidade. Inicialmente, em jeito de humidade, envergonhada, como pedindo desculpa de nos molhar. Depois, mais atrevida, encharcando-nos até aos ossos. As dificuldades vão aumentando e o alto tão longe. Para percorrermos uma pequena dezena de metros, temos de contornar largos minutos de curvas e curvas, pelos trilhos delineados entre a rocha vulcânica e a vegetação selvagem.
O cansaço vai aumentado. A Célia “tenta” desanimar, mas nós não deixamos. Depois de mais de quatro horas, chegamos ao Pico Alto, onde as condições climatéricas estão ainda piores. Estamos todos desanimados. Tentamos montar a tenda, mudar de roupa e descansar, mas tenda esta encharcada e inutilizável. A mochila não resistiu à intempérie. Procurámos uma furna para nos abrigarmos e conseguimos encontrar uma, bem baixinha, o que nos proporciona algumas cabeçadas desagradáveis no tecto da nossa nova casa.
Estamos gelados. Rapidamente procuramos mudar de roupa. Pijamas por baixo, fatos de treino por cima, fórmula para ultrapassar o frio. Que não resulta. A temperatura ronda os oito graus. São sete da tarde. O vento sopra forte e a chuva não abranda. Com o evoluir da noite a temperatura vai atingir a proximidade do grau zero. A opção é resistir ao frio ou descer já, enquanto há uma réstia da luz natural. Optamos por avançar de imediato, apesar de outra dificuldade se avizinhar. Apenas o Deodato trouxe lanterna.
Depois de ultrapassarmos os trinta metros do Pico Alto, iniciamos a descida. Rapidamente a noite vai caindo. O tempo vai lentamente melhorando, mas, dizem os entendidos, descer é pior que subir. O nosso guia vai à frente, seguido pela Célia e eu. O piso está muito escorregadio. Apesar de conhecer muito bem o terreno, o nosso anfitrião escorrega e a lanterna caí e...já não volta a acender-se. A preocupação aumenta. E agora?
O Deodato transmite-nos tranquilidade. Deixamos os cajados, aproveitamos a vegetação para a utilizar como escorrega, encurtando caminho, mantendo-nos o mais junto possível, procurando, sempre que caminhamos na posição natural, colocar os pés de forma segura para evitar as quedas.
Estamos esgotados, após várias horas e muitos tombos. Pelo caminho ainda temos tempo para apreciar, de novo, o Faial, agora na versão nocturna. Espectacular. Esta visão vale a pena o esforço. Vislumbramos o fim da linha. As últimas centenas de metros parecem quilómetros, mas finalmente chegamos ao sopé desta Montanha gigantesca, após dez horas de caminhada.
Voamos a doze mil metros de altura. Dentro de uma hora vamos aterrar na Portela, dez dias depois da partida. Apesar dos músculos ainda queixosos, fruto da aventura na montanha, já temos vontade de voltar. E o Piquinho que se cuide, pois isto não vai ficar por aqui.
quinta-feira, 7 de dezembro de 2006
A culpa é dos alemães
Pela sexta vez este ano, o Banco Central Europeu vai subir a principal taxa de referência europeia, em mais vinte cinco pontos. Quer dizer que a taxa base, da esmagadora maioria dos empréstimos que andamos a pagar, vai passar para três e meio por cento.
Logo de manhã, na rádio, ouvi uma especialista a explicar que, esta subida é inevitável, que a economia dos vinte e cinco está a crescer, mais nuns lados do que em outros, (nós estamos nos outros), que esse crescimento está a ser suportado pelo consumo dos particulares, e que neste especial, a Alemanha tem tido um principal destaque. Daí, continuava a tal especialista, para evitar uma pressão inflacionista por aquelas bandas, toma lá mais um aumento da taxa.
Então os germânicos andam a gastar demais e temos que pagar todos? Não podem aumentar a taxa só para eles?
A economia é uma coisa muita complicada, não acham?
Logo de manhã, na rádio, ouvi uma especialista a explicar que, esta subida é inevitável, que a economia dos vinte e cinco está a crescer, mais nuns lados do que em outros, (nós estamos nos outros), que esse crescimento está a ser suportado pelo consumo dos particulares, e que neste especial, a Alemanha tem tido um principal destaque. Daí, continuava a tal especialista, para evitar uma pressão inflacionista por aquelas bandas, toma lá mais um aumento da taxa.
Então os germânicos andam a gastar demais e temos que pagar todos? Não podem aumentar a taxa só para eles?
A economia é uma coisa muita complicada, não acham?
quarta-feira, 6 de dezembro de 2006
Faz de conta
Durante dois dias, no Pavilhão Atlântico, em Lisboa, mais de vinte cinco mil pessoas, vibraram com o Wrestling, que é aquele desporto do faz de conta, popularizado pela televisão, com a especial atenção da SIC Radical.
Confesso que não sou fã (está na moda a frase, por causa do Scolari e da Caixa...mas aquela da vizinha...), pois gosto de desportos que não se saiba quem vai ganhar. Há algo mais bonito do que a incerteza do vencedor?
José Manuel Delgado, jornalista do diário desportivo A Bola, faz uma magnífica comparação, numa crónica publicada hoje. Com a devida vénia, transcrevo parte do texto "Um combate de wrestling é como uma aventura do Bip-Bip e do Coyote (...) sabe-se sempre quem vai ganhar e independentemente das maiores malfeitorias e violência, no fim ninguem se magoa."
Então digam lá, se há algo melhor de que uma bela aventura animada, com o pobre do Coyote a ser constantemente enganado pelo elegante papa-léguas?
Apetece-me terminar de forma sonora...bip-bip.
terça-feira, 5 de dezembro de 2006
Apanhar o comboio
Regressamos a um tema suscitado pela disciplina, «culpada», por esta necessidade de blogar constantemente, de seu nome Comunicação On-line.
A sugestão, prende-se com os blogues corporativos, a nascerem agora, longe da febre dos pessoais, mas cada vez mais implementados.
Digamos que tudo passa por apanhar o comboio, aproveitando esta expressão popular. Esta ferramenta, conforme vem referido num texto do jornal Expresso, está a ser cada vez mais usada, nomeadamente, por empresas de menor dimensão. Nesse artigo, David Brain, presidente da Edelman Portugal, representada em Portugal pelo grupo GCI, afirma que "esta área está a mudar muito rapidamente. As empresas chegaram à conclusão que existem pessoas a falar sobre elas em comunidades on-line e querem participar nesse diálogo, pois se não participarem, não é por isso que deixam de ser um tópico de debate".
Digamos que se trata de uma discussão entre várias vizinhas, moradoras no mesmo pátio. Até podem estar a dizer mal de mim, mas eu quero estar presente, para alimentar e contribuir na discusão.
O trilho do desenvolvimento é por aqui, não convém ficar por fora.
A sugestão, prende-se com os blogues corporativos, a nascerem agora, longe da febre dos pessoais, mas cada vez mais implementados.
Digamos que tudo passa por apanhar o comboio, aproveitando esta expressão popular. Esta ferramenta, conforme vem referido num texto do jornal Expresso, está a ser cada vez mais usada, nomeadamente, por empresas de menor dimensão. Nesse artigo, David Brain, presidente da Edelman Portugal, representada em Portugal pelo grupo GCI, afirma que "esta área está a mudar muito rapidamente. As empresas chegaram à conclusão que existem pessoas a falar sobre elas em comunidades on-line e querem participar nesse diálogo, pois se não participarem, não é por isso que deixam de ser um tópico de debate".
Digamos que se trata de uma discussão entre várias vizinhas, moradoras no mesmo pátio. Até podem estar a dizer mal de mim, mas eu quero estar presente, para alimentar e contribuir na discusão.
O trilho do desenvolvimento é por aqui, não convém ficar por fora.
segunda-feira, 4 de dezembro de 2006
Rescaldo vermelho
Pode-se gostar ou não. É mais ou menos como...as favas. Há quem as deteste e outros comiam-nas, todos os dias, se pudessem. O Gato Fedorento é mais ou menos a mesma coisa.
No rescaldo de dérbi, mais um grande boneco, simpático para os vermelhos, deixando com azia os verdes. Mas mesmo assim, irresistível.
Um dia
Não sou um apaixonado por poesia, da mesma forma que, apesar de lhe reconhecer o imenso talento, não sou leitor de Fernando Pessoa. Contudo há poemas e poemas. Este, que me chegou através de um amigo, é sobre ele, é sobre os nossos amigos. Sem mais palavras...
Um dia a maioria de nós irá separar-se.
Sentiremos saudades de todas as conversas jogadas fora,
das descobertas que fizemos, dos sonhos que tivemos,
dos tantos risos e momentos que partilhamos.
Saudades até dos momentos de lágrimas, da angústia, das
vésperas dos finais de semana, dos finais de ano, enfim... do
companheirismo vivido.
Sempre pensei que as amizades continuassem para sempre.
Hoje não tenho mais tanta certeza disso.
Em breve cada um vai para seu lado, seja
pelo destino ou por algum desentendimento, segue a sua vida.
Talvez continuemos a nos encontrar, quem sabe... nas
cartas que trocaremos.
Podemos falar ao telefone e dizer algumas tolices...
Aí, os dias vão passar, meses... anos... até este
contacto se tornar cada vez mais raro.
Vamo-nos perder no tempo...
Um dia os nossos filhos verão as nossas fotografias
e perguntarão:
"Quem são aquelas pessoas?"
Diremos... que eram nossos amigos e... isso vai doer tanto!
-"Foram meus amigos, foi com eles que vivi tantos bons anos da minha vida!"
A saudade vai apertar bem dentro do peito.
Vai dar vontade de ligar, ouvir aquelas vozes novamente...
Quando o nosso grupo estiver incompleto...
reunir-nos-emos para um último adeus de um amigo.
E, entre lágrima abraçar-nos-emos.
Então faremos promessas de nos encontrar mais vezes daquele dia em diante.
Por fim, cada um vai para o seu lado para continuar a viver a isolada do
passado.
E perder-nos-emos no tempo...
Por isso, fica aqui um pedido deste humilde amigo:
não deixes que a vida passe em branco, e que pequenas adversidades sejam a
causa de grandes tempestades...
Eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem
morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se
morressem todos os meus amigos!"
Fernando Pessoa
Um dia a maioria de nós irá separar-se.
Sentiremos saudades de todas as conversas jogadas fora,
das descobertas que fizemos, dos sonhos que tivemos,
dos tantos risos e momentos que partilhamos.
Saudades até dos momentos de lágrimas, da angústia, das
vésperas dos finais de semana, dos finais de ano, enfim... do
companheirismo vivido.
Sempre pensei que as amizades continuassem para sempre.
Hoje não tenho mais tanta certeza disso.
Em breve cada um vai para seu lado, seja
pelo destino ou por algum desentendimento, segue a sua vida.
Talvez continuemos a nos encontrar, quem sabe... nas
cartas que trocaremos.
Podemos falar ao telefone e dizer algumas tolices...
Aí, os dias vão passar, meses... anos... até este
contacto se tornar cada vez mais raro.
Vamo-nos perder no tempo...
Um dia os nossos filhos verão as nossas fotografias
e perguntarão:
"Quem são aquelas pessoas?"
Diremos... que eram nossos amigos e... isso vai doer tanto!
-"Foram meus amigos, foi com eles que vivi tantos bons anos da minha vida!"
A saudade vai apertar bem dentro do peito.
Vai dar vontade de ligar, ouvir aquelas vozes novamente...
Quando o nosso grupo estiver incompleto...
reunir-nos-emos para um último adeus de um amigo.
E, entre lágrima abraçar-nos-emos.
Então faremos promessas de nos encontrar mais vezes daquele dia em diante.
Por fim, cada um vai para o seu lado para continuar a viver a isolada do
passado.
E perder-nos-emos no tempo...
Por isso, fica aqui um pedido deste humilde amigo:
não deixes que a vida passe em branco, e que pequenas adversidades sejam a
causa de grandes tempestades...
Eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem
morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se
morressem todos os meus amigos!"
Fernando Pessoa
sábado, 2 de dezembro de 2006
Coincidências
Mantendo o clima de boa disposição, trago mais uma descontraída anedota. Com o futebol como pano de fundo, mas indo ao encontro de uma outra variante.
Uma associação de anões portugueses, combinou um jogo de futebol entre eles. Um Sporting-Benfica. Encomendaram os equipamentos, às suas medidas, marcaram o campo e lá foram eles. Chegados ao local, verificaram que o recinto não disponha de balneários para se equiparem. No entanto, ao lado ficava a taberna do António. Lá foram e pediram ao dono, explicando os motivos, se podiam utilizar a casa de banho para se equiparem, ao que ele acedeu de imediato.
Primeiro equiparam-se os do Sporting, que pouco depois passaram, em passo de corrida, para o campo.
Gervásio, presença habitual, já bem bebido, viu-os passar. Esfregou os olhos, coçou a cabeça e ficou a pensar "já bebi demais hoje". Pouco tempo depois, passaram os do Benfica, velozmente em direcção ao local do jogo.
Gervásio, ficou incrédulo e não se contendo, gritou para o dono:
- Oh António, não o sei o que se passa, mas os teus matraquilhos vão a fugir!
Como curiosidade, e em jeito de rodapé, os do Benfica ganharam 2-0.
sexta-feira, 1 de dezembro de 2006
Dia de dérbi
Hoje é um dia de grandes emoções. Sporting e Benfica vão jogar mais logo, em Alvalade. Em Portugal, costuma ser apelidado como o dérbi dos dérbis. Vermelhos e verdes-e-brancos, mais logo vão lutar pela vitória. Normalmente, os ânimos exaltam-se, a cabeça pára de pensar, o coração pula. Que ganhe o melhor.
Em dia de jogo grande de futebol, fui descobrir, enviado por um amigo, um vídeo excelente. O São Pedro da Cova, dos distritais, ía jogar com o Alverca, na altura, na 1ª liga, para a Taça de Portugal.
O objectivo era "danificar" a camisola. Deliciem-se com a entrevista.
Em dia de jogo grande de futebol, fui descobrir, enviado por um amigo, um vídeo excelente. O São Pedro da Cova, dos distritais, ía jogar com o Alverca, na altura, na 1ª liga, para a Taça de Portugal.
O objectivo era "danificar" a camisola. Deliciem-se com a entrevista.
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