quinta-feira, 22 de fevereiro de 2007

Dor de cotovelo?

Este desporto merece mais respeito Iniciou-se ontem a Volta ao Algarve em bicicleta, com um pelotão de perto de 200 ciclistas, talvez o maior de sempre em estradas portuguesas, incluindo todas as equipas nacionais e um grande número de estrelas do panorama velocipédico mundial.
Cartaz, entre as equipas portugueses, a formação do Benfica que regressa às estradas numa segunda tentativa, parecendo esta bem mais sustentada do que a primeira.
Para que o regresso dos encarnados à estrada fosse possível, contribuiu de forma definitiva João Lagos e a Lagos Bike, empresa criada para patrocinar a equipa do Benfica, sendo o mesmo Lagos, através da Lagos Sport, o organizador da Volta a Portugal em bicicleta, há dois anos a esta parte.
Vem esta introdução a propósito de um artigo de Daniel Reis no Jornal A Bola, de hoje, onde escreve a determinada altura: "Longe de mim admitir, sequer, que o bom do Joaquim Gomes, ao definir o perfil da Volta para a Lagos Sport, pudesse optar por mais montanha, ou contra-relógio, ou mais etapas planas, a benefício de um qualquer ciclista da Lagos Bike. Mas que dúvida assalte outros, nomeadamente as equipas com candidatos declarados à camisola amarela e concorrentes directos do Benfica, isso já não ouso recusar".
Inacreditável.
Como já o tenho dito mais de que uma vez, quando escrevemos para muita gente ler, devemos ter cuidado, não para não dizermos o que pensamos, mas principalmente para não dizermos asneiras.
Daniel Reis, concerteza movido pela mania da perseguição, já encontrou uma forma de gerar um clima, onde ele pretende que se passe a desconfiar da honestidade da organização da Volta, pelo simples motivo do organizador também patrocinar uma equipa.
Mas vai mais longe. Não é só ele que desconfia. Todos os adversários também já estão desconfiados.
Devia era estar satisfeito, se gostasse de ciclismo, pela facto da presença do Benfica no pelotão, trazer muito mais gente às estradas do nosso País, para vibrarem e apoiarem este desporto tão querido dos portugueses.
Quando não confiamos na honestidade de ninguém, será que somos mais honestos por esse motivo? Ou será que isto se chama dor de cotovelo?

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