domingo, 19 de junho de 2011

Ponto de exclamação

Cão condenado à morte por tribunal judaico

Um tribunal judaico de Jerusalém condenou um cão vadio à morte por apedrejamento, por acreditarem que era a reencarnação de um advogado que insultou juízes do mesmo tribunal.
De acordo com o site de notícias israelita Ynet, o cão entrou há algumas semanas no tribunal - composto por rabinos - e não sai de lá, e um juiz lembrou-se de uma maldição lançada a um advogado já morto.
Na ocasião, há cerca de 20 anos, os juízes do bairro ultraortodoxo de Mea Shearim desejaram que o espírito do advogado entrasse no corpo de um cão - animal tido como impuro no judaísmo tradicional – após ter proferido insultos.
Depois da sentença, o cão conseguiu escapar do prédio do tribunal antes que a condenação fosse levada a cabo, afirma o Ynet.
Segundo relatos, um dos juízes do tribunal pediu às crianças da localidade que encontrassem o animal e executassem a sentença. Devido ao caso, uma organização de proteção de animais apresentou queixa na polícia.
Segundo o site Ynet, o tribunal nega que os juízes tenham condenado o cão à morte. No entanto, um representante disse ao jornal Yediot Aharonot que o apedrejamento foi ordenado como uma "maneira apropriada para 'se vingarem' do espírito que entrou no pobre cão".
Estes tribunais tem o poder de julgar questões religiosas em Israel e em algumas outras comunidades ultraortodoxas pelo mundo.

in SOL

1 comentário:

mzmadeira disse...

Li essa notícia, na 6.ª feira, no Sol e, francamente, fiquei sem saber se havia de me rir ou chorar. Chorar, aqui, é apenas ua figura de estilo.

Qual é a diferença entre estes extremistas, obcecados por aquilo que julgam ser a Vida, e os 'monstros' muçulmanos? Que odeiam, acima de tudo?

E é esta gente, sobrevivente (ou descendente deles, dos que tiveram a sorte de escapar) dos milhões de judeus que os nazis exterminaram como se fossem... cães?

Aprendi a admirar o povo judaico por, ao longo dos Séculos, ter sabido sobreviver apesar das inúmeras perseguições de que foram vítimas. E Portugal também os baniu, no Sec. XV embora - sempre assim o fomos - gente de brandos costumes tivessemos deixado ficar aqueles que não 'ameaçavam' os poderes económicos alicerçados nas 'paletes' de ouro e diamantes que, por esa altura nos chegavam do Brasil. 'Obrigámo-los' a converterem-se. Eram os 'cristãos novos', apesar de, toda a gente saber que, nos seus recantos continuaram, sempre, a processar a sua fé. Trancoso, Castelo de Vide, por exemplo, sempre se mantiveram baluartes do judaísmo por cá.

Os espanhóis, pela mesma altura - e pelos mesmos motivos dos portugueses - foram bem mais duros e radicais.

(Espero não estar a aborrecer-te, nem aos teus fiéis leitores...)

Muito se falou, e ainda continua a falar da péssima forma como nós conduzimos a descolonização dos territórios que tínhamos em África. Principalmente porque virámos costas a Angola deixando-a em patente guerra civíl... mas o que é que os britânicos fizeram aos judeus? Agarraram no mapa-mundi e 'resolveram' arranjar-lhes um território onde criassem o seu Estado. Bem longe da Grã-Bretanha, claro! E valeram-se do facto de a Palestina ser um seu protectorado para a retrassar e lá colocar os sobreviventes... o pior foi que estes, felizmente, e grande parte vindos da antiga União Soviética mas de quase todas as partes do Mundo, não cabiam naquele cantinho.

E em que é que se transformou Israel? Numa máxima potência, condensada no seu mini território, que não tardou em hostilizar os seus vizinhos. E a impor-se pela força das armas.

Contudo, e para finalizar, mesmo que não me agradem os bloqueios à Faixa de Gaza, ou a construção de uma fronteira murada - a que os mesmos europeus que bramiram durante décadas contra o Muro de Berlim responderam com um comprometedor silêncio - ou a política de olho-por-olho-dente-por-dente contra os palestineanos, mesmo que estes ataquem com pedras e sejam literalmente dizimados por aquele que, actualmente, será o segundo mais forte exército do planeta, a seguir ao dos yankies, e reforço que isso não me agrada e faz descer em mim a simpatia pelos judeus (moderados, que são, felizmente, a maioria), esses ortodoxos, para mim, não valem nem mais nem menos que qualquer bando da Al-Qaeda. E ambos precisam ser exterminados!