domingo, 26 de junho de 2011

Ponto e vírgula

Quase diariamente pico o blog de António Granado, professor da Universidade Nova, na área das Ciências da Comunicação.
Num post de hoje, ele faz referência ao estatuto editorial que o Expresso publicou na sua edição de ontem, especialmente o seu ponto 7 que afirma:

“O Expresso sabe, também, que em casos muito excepcionais, há notícias que mereciam ser publicadas em lugar de destaque, mas que não devem ser referidas, não por auto-censura ou censura interna, mas porque a sua divulgação seria eventualmente nociva ao interesse nacional.”

A extrema gravidade do estatuto editorial deste jornal de referência, deixa-me a oportunidade para levantar algumas questões.
Qual vai ser o critério para escolher as notícias que podem ser ou não lesivas do interesse nacional?
Porque é que esta preocupação só chegou agora, com um governo PSD/CDS, quando notícias publicadas anteriormente sobre o governo PS não tiveram a mesma preocupação de defesa do interesses nacionais?
Haverá aqui o cuidado de proteger ministros atuais, como por exemplo Paulo Portas, envolvido no mal explicado caso dos submarinos?

Esta atitude só tem um nome.
Censura!

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