quinta-feira, 31 de janeiro de 2019

Um olhar alentejano

Um destes sábados foi atípico na Rua Nova.
O Fernando - o nosso peixeiro à porta - chegou quase uma hora mais cedo, passavam poucos minutos das oito.
O Joaquim - os frescos vêm na sua camioneta - não apareceu, ele que chega perto do meio-dia.
Vamos lá perceber as consequências destas situações, começando pela ausência das frutas e vegetais.
Os que ficaram mais aborrecidos foram o Pablo e o Pizzi.
A seguir ao almoço, a Princesa corta as pêras e eles devoram-nas entre meia dúzia de dentadas bem assentes.
Como as últimas acabaram na véspera ... já foram!
E a sopa que era para o jantar, também ficou adiada.
Vamos ao peixe.
Explicou o Fernando que como trazia cação fresquinho, que tem muita saída, antecipou a chegada por demora mais a tempo com a necessidade de lhe tirar a pele. 
Aproveitámos a presença deste peixe - uma espécie de tubarão mais pequeno - para nos estrearmos a cozinhá-lo em sopa.
Coze-se em água e azeite, depois de pronto reservam-se as postas, junta-se ao caldo uma mistura de coentros - do nosso quintal - alhos, sal e pimenta, acrescenta-se farinha diluída em vinagre e água, mexe-se bem até ficar cremoso.
Coloca-se o cação em prato fundo, onde já temos as fatias do pão - nós optámos por o fritar antes - e cobre-se com o caldo.
Para a estreia não estava nada mau.

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