segunda-feira, 25 de fevereiro de 2019

Um olhar alentejano

Mais uma vez andei andei a serrar presuntos com a MEO, ou seja, tive que me zangar.
Em conversa com um amigo, que conhece de muito perto como funcionam as coisas na empresa, ele dizia-me que a culpa seria da empresa X, contratada pela MEO, que trata das infraestruturas nesta zona.
Esta é uma história que começou há muitos anos.
A empresa A trabalhava bem e tinha 1000 trabalhadores.
Um administrador saiu e criou a empresa B, que de seguida ofereceu os seus serviços à empresa A.
A empresa A dispensou 100 colaboradores e contratou 50 à empresa B, pagando metade do que pagava aos 100 que saíram.
Os 50 trabalhadores da empresa B fazem o trabalho dos 100 dispensados da empresa A e ganham menos de metade.
Claro que a qualidade do serviço prestado piorou muito, mas não há problema pois o mercado chega para todos e as empresas desta área estão todas a fazer o mesmo.
A malta reclama, mas precisa do serviço, mesmo de fraca qualidade.
Alonguemos esta divisão, com a entrada da empresa C criada - por mera coincidência - por dois administradores da empresa B e por aí fora até o alfabeto aguentar.
A forma perfeita da economia avançar à custa do emprego barato.
Já viram que até os patrões estão de acordo quando o ordenado mínimo é aumentado!

Sem comentários: