sábado, 5 de outubro de 2024

O Avô em Ceroulas




Lei Diarra, Contrato Longo e Doping

 

“Tenho a certeza que tu sabes o que foi a Lei Bosman, pois revolucionou o mercado de transferências futebolísticas na Europa, há quase 30 anos”, afirmou o ESPERTO.

“Claro que sei, por serem trabalhadores comunitários, não podiam ser impedidos de jogar noutro país da União Europeia (UE) por normas internas da UEFA ou das respetivas federações nacionais, acordo proferido pelo Tribunal de Justiça da UE (TJUE) em 15 de dezembro de 1995, cinco anos após o jogador belga Jean-Marc Bosman avançar para a justiça, exigindo que o RFC Liège o libertasse para que ele pudesse jogar nos franceses do Dunkerque”.

“Muito bem, belo resumo, mas parece que podemos ter uma Lei Diarra, pois em 2014 o francês jogava no Lokomotiv Moscovo, alegou que estava a receber menos ordenado do que o contratualizado, o clube russo justificou o corte no salário com motivos de ordem disciplinar, mas o jogador deixou de comparecer nos treinos e acabou por rescindir o contrato”.

“Já tinha ouvido falar sobre isso, mas o que que aconteceu depois?”.

“Lassana Diarra – jogou no Real Madrid, PSG e Chelsea - quis assinar com outro clube, mas a FIFA impediu-o, após queixa do clube russo, obrigando o clube/jogador que o contratasse a pagar uma indeminização de 10,5 milhões de euros, mas desde ontem o TJEU entendeu que estas regras são contrárias ao direito da União Europeia e são suscetíveis de dificultar a liberdade de circulação dos futebolistas profissionais que pretendam desenvolver a sua atividade, assinando com um novo clube estabelecido no território de outro Estado-Membro da EU”.

“Quer dizer que se um clube não cumprir com o contrato assinado, ele pode sair a custo zero para outro?”.

“Em termos gerais é isso mesmo, mas ainda muita tinta vai ser escrita sobre o este assunto, não me doa a mim a bateria”, 🪫🤪😜.

“Disso não tenho a mínima dúvida”, ri-me eu.

 

“Hoje no ESPERTO d’A BOLA fui espreitar umas declarações de Enzo Maresca, treinador do Chelsea, que acho que quer um contrato de longa duração”.

“Porque dizes isso?”.

“Repara nestas declarações do técnico de João Félix, Pedro Neto e Renato Veiga: <<Não creio que possamos competir com City ou Arsenal, acho mesmo isso, porque não estamos preparados, pois o City trabalha há nove anos com o mesmo treinador e o Arsenal há cinco, para competir por coisas grandes, precisamos desse tempo>>”.

“Olha, concordo contigo, um recado para o patrão dos blues”.

 

Por irregularidades no passaporte biológico ocorridas antes de 2023, os ciclistas Frederico Figueiredo (Sabgal-Anicolor) e Luís Gomes (GI Group Holding-Simoldes–UDO) foram suspensos preventivamente pela Autoridade Antidopagem de Portugal (AdoP).

No caso de Figueiredo os casos reportam às temporadas 2018, 2019 e possivelmente 2020, numa altura em que era atleta do Tavira, já em relação a Gomes, os factos referem-se a 2018, na época em que corria pelo Boavista, mas contrariamente ao corredor da Anicolor, que se mantém na equipa, o ciclista da UDO já foi despedido.

Independentemente da inocência ou não deles, como é possível casos com seis anos só agora ditarem uma suspensão, ainda preventiva?

A rapidez de uma sentença, é uma das medidas dissuasoras mais eficiente nestes casos.

 

Até amanhã.

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