segunda-feira, 29 de setembro de 2025

Segunda-Feira, Porquê!?


Sem Bateria

 

Numa altura em que o Mundo anda, há muitos anos, aos encontrões, até parece ser fácil encontrar uma irritação a cada minuto.

Nada de mais errado.

Quando eu me irrito com um assunto, é porque acho que tinha uma boa ideia para resolver o motivo da mesma, apesar de muitas vezes a culpa ser de cada um de nós.

Já vou regressar à inspiração para o tema de hoje, mas antes vou até aos anos 90 do século anterior, numa altura em que ainda não havia telemóveis.

Os da minha idade, ou até um bocadinho mais novos, recordam-se que para um qualquer equipamento, que não estava ligado à energia elétrica, deixasse de funcionar, era porque as pilhas tinham acabado e não tínhamos umas suplentes ali à mão de semear.

Principalmente com a chegada dos telefones móveis, passámos a ter mais um problema na vida, pois além de não nos podermos esquecer da carteira e da chave de casa, dentro da própria, o telemóvel precisava de bateria para sobrevir até ao regresso, até porque o carregador era grande e pesado.

Com o passar dos anos tudo se tornou mais leve, pelo que precisámos de apenas encontrar um local para efetuar o carregamento, o que nem sempre era fácil, pois as fontes de alimentação já tinham trabalho que chegasse.

As soluções foram surgindo ao longo dos tempos, carregadores portáteis, que também precisam de ser alimentados, mas, da mesma forma em que nos prometiam que os telemóveis tinham uma bateria com maior duração, chegavam com uma velocidade bem maior, aplicações que nos gastavam a energia acumulada muito rapidamente.

A tecnologia foi ganhando asas, até chegar ao momento em que já não precisamos do cartão bancário para pagar compras, facilidade a que eu de imediato aderi, até porque muitas vezes apenas trago o telemóvel comigo.

Volto ao tema de abertura e da minha irritação, que aconteceu há dias.

Diariamente, a meio da tarde, vou até ao Quiosque de Oriola comprar tabaco para a minha Princesa, passando lá um bocado na esplanada exterior, bebendo uma, ou duas, cervejas bem frescas, levando como meio de pagamento uma nota ou algumas moedas.

Muitas vezes neste intervalo do dia, recordo-me de algo que faz falta em casa, pelo que antes de regressar ao número 6 da Rua de Portel, passo pelo Zé Mau, um dos dois minimercados locais, com a intenção de que o pagamento é feito com recurso ao telemóvel, além de que tenho sempre um saco de plástico na minha bicicleta que serve de transporte nesta digressão.

Foi o que aconteceu desta vez, fui até lá, comprei o que precisava, disse à Neuza que queria pagar com o Esperto, ela colocou-me o terminal à minha frente, mas quando ia abrir a aplicação ele desligou-se.

Fiquei irritado com a bateria que podia ter durado mais um minuto, paguei com algumas moedas que tinha na carteira, para evitar ter lá voltar, pois o bom de morar numa aldeia é que podes fazer compras hoje e pagar no dia seguinte, já levando o cartão, não vá a bateria voltar a falhar.

Para quando o telemóvel que não precise de bateria?

 

Para a semana há mais irritações.

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