segunda-feira, 6 de outubro de 2025

Segunda-Feira, Porquê?


Proteções e Afins

 

Como nem todos saberão, vou fazer uma pequena introdução à minha carreira desportiva que começou no ensino secundário, onde joguei andebol e basquetebol, além do futebol no pátio da velhinha Gago Coutinho em Alverca.

Aos quatorze anos entrei oficialmente no reino do pontapé na bola, em simultâneo com a prática do andebol, em Alhandra e Alverca, respetivamente, o que obrigava a uma gestão complicada das deslocações para os jogos e treinos.

Vamos lá entrar no campo da minha irritação de hoje, numa altura em que a única coisa que me chateava era o facto de jogar de óculos, principalmente no futebol, onde os pelados, em tempo de chuva, complicavam a minha visão.

Já como sénior, depois do andebol tinha ficado pela formação, quando tive de optar por uma das modalidades, por essa altura não era obrigatório o uso de caneleiras, o que para mim era ótimo, pois eu gostava de jogar de meias em baixo, pois elas apertavam-me os gémeos, coisa que também me irritava, mas muitos dos meus colegas já as utilizavam, pois era uma forma de proteção.

Lá me convenceram, comprei umas, mas foram escudos mal empregues, pois usei-as em dois treinos, para me adaptar para o próximo jogo, mas quinze minutos depois do apito inicial já elas estavam a descansar no banco de suplentes.

Nos dias que correm, em que a sua obrigatoriedade é total, vemos que elas são cada vez de tamanho mais reduzido, ficando até a dúvida da sua eficácia, caso para dizer eu dizer, irritado, claro, estas até eu usava.

Ao longo dos anos, depois de arrumadas as botas, regressei ao andebol, nas provas do INATEL, onde muitas vezes fui guarda-redes, mas nessa situação a irritação passava a obrigação, pois a conquilha, objeto de plástico que protege as partes genitais, era mais do que fundamental para não acabar a gritar com dores e estragar o instrumento.

Há umas semanas comecei a frequentar, em Évora, o Walking Football, que como o próprio nome indica, é um jogo de pontapé na bola sem se puder correr, não se pode dar mais que três toques seguidos na redondinha, nem fazê-la subir acima da anca, ou seja, mais ou menos um metro.

No primeiro treino entusiasmei-me, esquecendo-me que o joelho direito tem com destino uma prótese, face aos danos que sofreu ao longo dos anos, onde foi vítima de três intervenções cirúrgicas.

Como não sou rapaz de desistir às primeiras dificuldades, continuei a ir lá todas as segundas-feiras - dia de treino - mas com o joelho devidamente protegido com uma joalheira ortopédica, que me irrita, mas que não posso deixar em casa.

 

Para a semana há mais irritações.

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