sexta-feira, 22 de junho de 2007

Doping

Sou um leitor assíduo, digamos que preocupadamente atento, do VeloLuso do meu amigo MZM.
Digamos que em Portugal uma longa franja dos que gostam de desporto, gostam de ciclismo. Desde miúdo que me habituei a ir até à beira da estrada, com os meus pais, ver passar a caravana velocipédica.
A Volta passava com alguma frequência em Alverca, algumas vezes no Cabeço da Rosa, outras na Nacional 10, onde me recordo de um C/R entre Vila Franca de Xira e Lisboa, que, se a memória não me atraiçoa terminava no estádio José de Alvalade.
Há 15 anos atrás, mais ano menos ano, o MZM desafiou-me: "Anda comigo ver uma prova de ciclismo pelo lado de dentro".
E eu fui. Sempre na função de jornalista, cumpri durante mais de uma dezena de anos, onde vivi de perto a azáfama da caravana.
Esta introdução serve apenas para contextualizar a minha ligação ao fenómeno, que já vem de longe.
Não tenho, nem de perto nem de longe o knowhow do MZM nesta matéria. Mas há coisas que não posso deixar de exprimir a minha opinião.
Que fique bem claro que sou contra os batoteiros. Contra aqueles que não respeitem as regras, procurando ganhar a qualquer custo. Mas não me parece ser o caso da esmagadora maioria dos ciclistas.
Senão vejamos. Os controlos anti-doping são cada vez mais frequentes e precisos. Algum ciclista arrisca tomar alguma coisa por sua conta e risco?
A maior parte das equipas são sustentadas por grandes marcas internacionais, que investem somas elevadas, procurando, obviamente, retorno, se possível bem elevado.
Quem já verificou o esforço que os atletas despendem, em provas de vários dias, cada vez mais exigentes, só para falar nas de âmbito nacional, compreende que estes homens têm que ter um acompanhamento médico muito cuidado.
Que por vezes falha, já percebemos, mas quando aparece alguém culpado sem ser os ciclistas?
Uma pergunta que fica à espera de resposta.

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