segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Após a fuga do Sol

Pergunto eu.
Porque será que um penalty - flagrante - a favor do Benfica provoca tanta polémica?
Nesta segunda-feira esgotaram-se todas as opiniões.
Eu já tinha dado a minha logo de manhã.
Recuperei o tema - com foto - porque acho que o nosso futebol só perde com estas discussões.

3 comentários:

Mandrake disse...

Eu nem ia dizer nada sobre este e outros "assuntos" similares, mas como insistes...

O que tu não dirias se aos 94 minutos, no estádio do Dragão, fosse assinalado um duvidoso - melhor, um normal - penalty que desse a vitória ao FCP por 1 a 0.
Aliás já o fizeste antes.

O que tu não dirias se um jogador do FCP - como o Cardozo - agredisse um adversário e puxasse a camisola do árbitro e "apenas" levasse um jogo de castigo.

Mais a mais sendo reincidente neste tipo de comportamentos. Aberto este precedente e "respeitando" a escala das gravidades - que também podias ter ido buscar aos regulamentos - que castigo se terá de dar a quem levou vermelho por cortar um lance perigoso com a mão? Meio jogo? E para "acumulação de amarelos"? Meia horita? Cumprem quando? Na primeira parte? Na segunda? 15 minutos em cada parte? Ao critério do treinador da equipa prevaricadora?

Comparado com isto, a equipa jurídica do FCP ter salvo o Porto da embrulhada da taça de liga por "lacunas nos regulamentos" torna-se irrisório.

Aliás o regulamento da Taça da Liga em matéria de regulamentos sempre foi cenário para malabarismos. Estou-me a lembrar do Belenenses, naquela cena da errada interpretação do termo "goal average", por exemplo. E, se bem te lembras, até se safou, ultrapassando aquilo que em direito se chama de "espírito da lei".

Pois é, o senhor LFV tinha razão: mais que comprar bons jogadores o que conta é colocar "amigos" nos lugares chave da Liga ou da FPF.

Assim sendo, no campo da batotice, vocês e a malta do Pinto da Costa estão bem uns para os outros.

Mas, para mim, vocês exibem uma triste agravante: são cínicos! Criticam os alegados "favores" com que o FCP é brindado, mas usam - ou tentam usar - as mesmas armas e falam da "moralização do futebol de português".

E isso, para mim, é MUITO PIOR!

E, se fosse um gajo ordinário, tipo o ex-secretário de estado da cultura Francisco José Viegas, que é um ferrenho dragão, rematava com a sua polémica frase que foi o assunto da semana.

Mas não! Acabarei com uma velha frase - porém adaptada - da gíria futebolística: vai ser um "bom campeonato da vigarice" e no fim... ganha o "pior"... que para o efeito será "melhor" nas trafulhices.

PS - Se o Jesus não for para o FCP, por favor agarrem-me o homem, porque estive hoje em Alvalade - para ir ao cinema - mas ainda deu para me contarem umas coisas - eventuais cenários futuros - que me deixaram de cara à banda. Mas disso se falará mais tarde se - oxalá que não - venha a ser uma realidade o que disseram. Só que, em política e futebol, infelizmente, já estou preparado para todo o tipo de surpresas...

Avô Jorge disse...

Como só falas do Glorioso e te esqueces do teu Sporting, dou os parabéns ao Jesualdo Ferreira por ter apostado nos jovens. Espero que seja para continuar, independentemente dos resultados.

Mandrake disse...

Tens cá uma lata! Como se a minha vida fosse "futebol" e o alegado "Glorioso". Eu escrevo consoante o assunto onde o faça. Aqui, por exemplo, a maioria dos assuntos rodam sobre esse tema. Noutros locais escrevo sobre outros assuntos.

E, tirando o período mais arrogante do Jesualdo na sua passagem pelo FCP, até reconheço méritos ao senhor que por acaso até benfiquista. Como o são Paulo Bento, Fernando Santos e José Peseiro que também fizeram um trabalho sério em Alvalade.

Como o Jesus é sportinguista e, embora também lhe reconheça algum mérito, não possa aprovar as suas condutas - como no final do jogo com a Académica voltou a exibir.

Como também condenaria o Cardozo se ele fosse do Sporting e fizesse aquilo que faz e saísse impune.

Esse distanciamento, infelizmente, é o que tu não fazes. Até no campo político. Criticas - e muito bem - este executivo, mas defendias o anterior que, para sermos sinceros, era até pior. E olha que a "tralha socrática" - como a designou Marques Mendes - já anda por aí de novo, a deitar as garras de fora.

E fazes alguma coisa para lutar contra as actuais políticas governamentais? Que é de facto o que mais nos deve preocupar. É que futebol, cinema, música e outras áreas são hobbies que, a meu ver, nesta época que atravessamos, perdem relevância perante a destruição do nosso país, povo e modo de vida.

Ainda no domingo estive numa reunião da concelhia do BE e fiquei a saber coisas ainda mais graves que estão para acontecer. Como, por exemplo, a saída de uma série de empresas rodoviárias do sistema dos passes sociais que já são caríssimos - como deves saber - e ainda sujeitam os utentes a greves a torto e a direito. Só em 2012, os comboios efectuaram 295 greves - quer gerais, quer em períodos específicos.

Se fui um dos muitos que lutou para derrubar o governo Sócrates, isso ainda me confere mais legitimidade para combater este também. O pouco tempo que me possa restar livre dedico também a esta causa.

Agora o exercício do contraditório é um lema a respeitar,até mesmo na blogosfera. Ou não?

E, voltando ao futebol, é uma área onde também há que lutar contra as desonestidades "partilhadas" pelo teu querido glorioso e pelos apaniguados de Pinto da Costa. Quem sabe se, em breve, não me dedicarei também a essa luta, mas no terreno, não no inócuo espaço virtual. Mas ter opinião e não ter problema em a dar é, pelos vistos, um luxo a que sempre me permiti recorrer.

Sobre política actual - Relvas em destaque - falarei mais acima. Aí sei que não me vais contestar, o que - na sua essência - não pode ser tomado como um elogio, lol.

Já agora, como te dizes identificado com o "meu" BE, estando em ano de autárquicas - que tal lutares também pela causa que agora dizes abraçar - e não te disponibilizas para essa luta, quiçá até seres candidato, ainda que em lugar não elegível, para dares também o corpo ao manifesto que é, no momento presente, um exercício de cidadania. Ou mesmo pelo PS.

No campo é que se luta! Retórica ajuda, mas não chega.

Fica o desafio.